quinta-feira, fevereiro 6, 2025
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Polícia Federal investiga brasileiro conhecido como bilionário das criptomoedas

O empresário Carlos “Kaze” Fuziyama é um dos alvos da Operação Fortuito 2, da Polícia Federal (PF), que investiga uma organização criminosa voltada para a prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Conhecido como bilionário das criptomoedas, Kaze chegou a abrir uma “fábrica” na Ucrânia.

Ao todo, em 29 de janeiro, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Armação dos Búzios, Barra da Tijuca e Campo Grande, no Rio, além de Uberaba (MG) e São José dos Campos (SP). Se os crimes forem confirmados, a pena pode superar os 50 anos de reclusão, segundo a PF.

O caso teve início depois da prisão em flagrante de uma mulher por posse ilegal de arma de fogo, ocorrida em maio de 2024. Ela é integrante do grupo.

Ainda no fim do mês passado, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 milhões em bens que pertencem à organização investigada. Nesse contexto, diversos imóveis foram sequestrados, incluindo uma mansão cujo valor supera os R$ 100 milhões.

Segundo o Metrópoles, a empresa investigada é a Mining Express, localizada em Kirovogrado, a cerca de 300 km da capital ucraniana, Kiev. As suspeitas são de que a companhia tenha sido criada com cerca de R$ 290 milhões provenientes de lucros com outra criptomoeda.

“Acabei ganhando um dinheiro grande na compra de uma moeda chamada Dogecoin, onde ganhei US$ 50 milhões”, disse Fuziyama, em entrevista de 2020, ao canal do YouTube A era digital crypto. “Como não queria abaixar o meu padrão de vida, queria um mais alto, resolvi montar um negócio, que fosse algo sério. E o que estava dando dinheiro era a mineração.

Segundo o empresário, a escolha do país europeu para a fundação da empresa se deu por causa do frio e do baixo custo da energia elétrica — o item mais importante para o ramo da mineração de criptomoedas, que precisa manter supercomputadores ativos ininterruptamente.

Bilionário das criptomoedas já foi investigado por “pirâmides”

Não é a primeira vez que Kaze foi citado por uma investigação. Ele também teria envolvimento em outros dois casos de pirâmides financeiras, a última sob análise do Ministério Público de Mato Grosso.

Além disso, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, em 2023, o deputado Ricardo Silva (PSD-SP) citou Kaze para depor. Na justificativa, o parlamentar diz que Fuziyama “deixou um prejuízo de R$ 200 milhões para milhares de brasileiros”. “Ele também atuou para promover a One Thor Brasil, apontada pelo MP-MT em 2015 como tendo indícios de ser uma pirâmide financeira”, acrescentou.

O relatório da CPI orientou o Ministério Público, à época, que investigasse Fuziyama. Oeste não conseguiu contato com a defesa de Kaze.

Via Revista Oeste

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