A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira, 23, a Operação Moto Perpétuo. Trata-se de uma ação contra um esquema que desviou R$ 14 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS). A Receita Federal participou das investigações.
Os agentes também desarticularam uma possível organização criminosa envolvida na ocultação desses bens. A operação é coordenada em três cidades do país: Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Balneário Camburiú (SC).
Durante a investigação, foi identificado um esquema em que os criminosos utilizavam Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), para fraudar licitações e desviar recursos do SUS.
Além disso, a ação descobriu que os envolvidos adquiriram bens em nome de terceiros, para ocultar os ganhos ilícitos. Esses bens foram registrados em empresas fictícias ou em nome de “laranjas”, com o auxílio de um advogado e um contador.
![PF](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2024/04/PF.jpeg)
Ao todo, 55 policiais federais e dez analistas da Receita Federal foram mobilizados para cumprir 13 mandados de busca e apreensão, em residências e empresas ligadas aos investigados.
Foi autorizado o sequestro de dez imóveis, avaliados em mais de R$ 20 milhões. Também houve apreensão de veículos de luxo e valores acima de R$ 10 mil.
Um dos apartamentos tem valor superior a R$ 10 milhões. Embora não seja de uso dos denunciados, está cadastrado em nome de empresa fictícia.
Os crimes sob investigação incluem lavagem de capitais, associação e organização criminosa. As penas podem chegar até 18 anos de prisão.