A promotoria de Paris divulgou, nesta quarta-feira, 8, uma operação policial que resultou na detenção de 86 pessoas na Universidade de Sorbonne.
Os detidos participavam de um protesto em apoio aos palestinos. Paralelamente, em Washington, nos Estados Unidos, a polícia interveio em um acampamento de estudantes na Universidade George Washington (GW). Eles estavam acampados desde 25 de abril.
Essas ações ocorrem em meio a uma série de manifestações pró-Palestina que têm tomado lugar em instituições de ensino superior nos Estados Unidos, na Europa, na Austrália e no México.
Em Paris, a intervenção policial aconteceu depois de aproximadamente cem estudantes ocuparem um auditório da Sorbonne por duas horas. Eles realizavam protestos em favor de Gaza, conforme reportado pela agência de notícias AFP.
O Ministério Público francês alegou que os manifestantes cometeram uma série de infrações. Além disso, teriam sido violentos contra autoridades.
Protestos anti-Israel em Paris e nos EUA
A manifestação em Sorbonne não foi um caso isolado na França. A Universidade Sciences Po Paris também viu protestos. O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, disse que as manifestações que perturbarem as universidades não serão toleradas.
Nos Estados Unidos, a situação na Universidade George Washington piorou depois da remoção de uma bandeira palestina. O ato foi visto como uma agressão pela instituição.
A polícia, que chegou ao local nas primeiras horas da manhã, reagiu com spray de pimenta depois de confrontos com os manifestantes.
Manifestações se espalham globalmente
Os protestos começaram na Universidade de Columbia, em Nova York. Posteriormente, foram espalhadis para várias outras instituições ao redor do mundo.
Na Europa, manifestações foram vistas em universidades da Holanda, do Reino Unido, da Alemanha, da Áustria e da Suíça.
Os estudantes protestam contra a contraofensiva de Israel em Gaza. Eles exigem o fim das parcerias com instituições israelenses como forma de sanção.
Na Universidade de Amsterdã, a polícia interveio em um acampamento de protesto. Ao todo, 169 pessoas foram detidas. Em Leipzig, na Alemanha, cerca de 50 a 60 pessoas ocuparam o anfiteatro da universidade. A polícia foi acionada. No entanto, não houve prisões.
Na Austrália, a tensão aumentou com a presença de manifestantes pró-Israel. Na Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), um acampamento foi montado. Os manifestantes exigem o fim do que chamam de “genocídio imperialista em Gaza”.