quinta-feira, setembro 19, 2024
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Polícia Civil vai apurar vazamento de dados no gabinete de Moraes

A corregedora-geral da Polícia Civil de São Paulo, Rosemeire Francisco Ibañez, determinou, no último domingo, 15, a abertura de investigação preliminar sobre o vazamento de informações de policiais a um ex-auxiliar do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o jornal O Globo, a servidora assinou a ordem duas horas e meia depois de o jornal Folha de S.Paulo publicar uma reportagem afirmando que o ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE Eduardo Tagliaferro levantou informações sigilosas.

Dados eram sobre a segurança de Moraes

Com a suposta ajuda de um policial civil de São Paulo, Tagliaferro teria acessado dados envolvendo possíveis ameaças à segurança de Alexandre de Moraes e seus familiares. Entre esses dados estariam mensagens nas redes e encomendas de origem suspeita enviadas à mulher do ministro.

Segundo a Folha, Tagliaferro buscou informações a pedido do policial militar de São Paulo Wellington Macedo, que atua no gabinete de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).

Alexandre de Moraes e sua mulher, a advogada Viviane Barci, durante cerimônia no TSE | Foto: Reprodução/TSE
Alexandre de Moraes e sua mulher, a advogada Viviane Barci, durante cerimônia no TSE | Foto: Reprodução/TSE

TSE aparece como único “interessado” 

Na época dos fatos, de agosto a dezembro de 2022, o ministro do STF também atuava no TSE, acumulando funções nos dois tribunais. Moraes chefiou a Corte Eleitoral até junho deste ano.

No despacho da corregedora, o TSE aparece como único “interessado” no caso. Questionado, o tribunal não respondeu se pediu à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo que apurasse o vazamento de informações. O Supremo também não se manifestou.

O uso da Assessoria Especial do TSE para coletar informações sobre a segurança de Moraes foge das atribuições do órgão, criado em 2022 pelo TSE para combater a disseminação de fake news contra o processo eleitoral. 

A segurança dos integrantes do STF é de responsabilidade da Secretaria de Segurança do tribunal, formada por policiais judiciais. O contato de Tagliaferro na Polícia Civil de São Paulo seria de um agente de “sua extrema confiança”.

Ex-assessor de Alexandre de Moraes presta depoimento à PF nesta quinta-feira, 22
O então assessor do TSE Eduardo Tagliaferro (à esq) e o ministro Alexandre de Moraes — 25/05/2024 | Foto: Reprodução/Instagram

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Via Revista Oeste

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