quinta-feira, setembro 19, 2024
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Plantas conversam entre si — e pode ser possível entendê-las

Assim como os animais e nós, seres humanos, as plantas também possuem seu próprio sistema de comunicação – e estamos cada vez mais perto de desvendá-lo. Além dos voláteis (substâncias químicas liberadas pelas plantas para sinalizar informações umas às outras), uma forma mais complexa de comunicação vem sendo analisada pela Ciência.

Entenda:

  • As plantas possuem seu próprio sistema de comunicação – e ele vai muito além dos chamados voláteis (substâncias químicas);
  • Acontece que as “conversas” também acontecem de forma subterrânea, graças à “Wood Wide Web” – uma rede de fungos;
  • Através da rede, as plantas compartilham água, nutrientes e informações sobre possíveis ameaças e pragas;
  • A eletrofisiologia vegetal é uma disciplina voltada ao estudo da WWW das plantas, usando sondas elétricas para analisar alterações em seu desempenho;
  • Perturbações no solo (por produtos químicos, alterações climáticas e desmatamento) podem afetar a rede e, assim, perturbar a comunicação entre as plantas;
  • Com informações do The Conversation.
Plantas possuem rede de comunicação subterrânea. (imagem: fotohunter/Shutterstock)

Boa parte da comunicação entre as plantas acontece de forma subterrânea, com sinais elétricos enviados através de suas raízes por uma rede de fungos conhecida como “Wood Wide Web”. Essa “WWW” diferentona não apenas permite que as plantas compartilhem água e nutrientes, mas também informações sobre possíveis ameaças e pragas.

Plantas conversam através de rede subterrânea

A WWW das plantas vem sendo cada vez mais estudada por cientistas graças aos avanços tecnológicos. Atualmente, existe até uma disciplina específica voltada a esse ramo de pesquisa: a eletrofisiologia vegetal.

Perturbações do solo podem afetar rede de comunicação das plantas. (Imagem: Lovelyday12/Shutterstock)

Na eletrofisiologia, minúsculas sondas elétricas são inseridas nas plantas para determinar como as alterações nos sinais elétricos podem impactar seu desempenho. Um artigo de fevereiro, por exemplo, analisa a comunicação através de sinais elétricos entre plantas em estufas para monitorar sua irrigação e até detectar possíveis deficiências de nutrientes.

Entretanto, essa rede fúngica também pode ser “desconectada”: o desmatamento, as mudanças climáticas e o uso de produtos químicos no solo podem provocar perturbações que afetam a ligação entre as plantas e, consequentemente, enfraquecem a troca de informações importantes para o seu desenvolvimento.

Via Olhar Digital

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