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Em uma jogada estratégica que visa reforçar sua oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido Liberal (PL) articula expandir sua representação no Senado Federal ainda este ano.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a sigla pretende ultrapassar o Partido Social Democrático (PSD) como a maior bancada da Casa. Sob a presidência nacional de Valdemar Costa Neto, o PL busca atrair pelo menos três senadores de outras legendas para se juntarem a eles antes do fim do ano.
Márcio Bittar (União Brasil-AC), Alan Rick (União Brasil-AC) e Cleitinho (Republicanos-MG) são os atuais alvos da legenda. O PL conta com o ex-presidente Jair Bolsonaro para auxiliar nos esforços de persuasão. Ele é o atual presidente de honra da sigla.
Atualmente, o PL detém 13 assentos no Senado, enquanto o PSD lidera, com quinze. A adição de três novos membros elevaria o PL ao status de maior bancada.
Além disso, há a expectativa de uma reforma ministerial que poderia resultar na saída de Wellington Dias (PT) do cargo de ministro do Desenvolvimento Social. Se deixar a Esplanada, o petista voltaria a exercer o cargo de senador e, consequentemente, faria com que o PSD perdesse uma cadeira. Isso porque a primeira suplente de Dias é Jussara Lima (PSD-PI).
Reações dos senadores e a estratégia do PL
Marcio Bittar sinalizou a possibilidade de mudança de partido, mas em seu próprio tempo. “Fim deste ano ou começo de 2025”, disse o senador, segundo O Estado de S. Paulo.
Alan Rick, em contrapartida, disse ao jornal que não tem a intenção de se juntar ao PL, embora não descarte futuras negociações. Cleitinho confirmou ter recebido o convite, mas optou por permanecer no Republicanos, ao menos por ora.
As manobras do PL no Senado não apenas refletem a disputa pelo poder legislativo, mas também intensificam as rivalidades políticas, especialmente entre Bolsonaro e Gilberto Kassab, fundador e presidente nacional do PSD.
A estratégia do PL também vislumbra atrair a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) para suas fileiras.