Funcionários estavam trabalhando na criação de uma terceira pista em uma rodovia federal em Hidalgo, no centro-leste mexicano, quando se depararam com uma estrutura desconhecida. Arqueólogos do Instituto Nacional de Antropologia e História do México foram acionados e desenterraram uma antiga pirâmide.
Depois de pesquisar a área com um drone aéreo, a equipe coletou 155 amostras, incluindo pedaços de cerâmica, ferramentas de pedra e conchas de animais. Todos estes materiais serão estudados nos próximos meses.
Pirâmide foi construída antes da chegada dos europeus
- Após a descoberta, as autoridades aprovaram a construção de um grande muro para proteger a pirâmide.
- A estrutura faz parte de um assentamento pré-hispânico conhecido como San Miguel, que é datado entre o período epiclássico (650-950 d.C.) e o período pós-clássico tardio (1350-1519 d.C.).
- Esta foi uma época em que a área estava sob o controle do “senhorio Metzca”, que teria deixado uma “marca multiétnica” até pelo menos o século XVI d.C na região.
- No entanto, a história da atividade humana no local é muito mais antiga, com os primeiros assentamentos datando de pelo menos 14 mil anos atrás.
- Os pesquisadores esperam que a análise dos materiais coletados fornecem mais informações sobre o passado da região.
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Técnica moderna está permitindo mais descobertas na região
A história pré-hispânica da região ainda não é totalmente conhecida. Mas nos últimos anos, diversas revelações têm ajudado a entender mais sobre os primeiros habitantes da América do Sul e Central.
Muitas destas descobertas são atribuídas ao LiDAR, uma técnica que funciona a partir do direcionamento dos feixes para a paisagem desejada. A tecnologia, então, consegue criar uma imagem da superfície do terreno, inclusive com eventuais estruturas enterradas ali.

No ano passado, autoridades mexicanas usaram o LiDAR para encontrar vestígios de uma estrada de 18 quilômetros de extensão que conectava as cidades maias há mais de 1.200 anos. Mais ao sul, na atual Guatemala, a técnica de imagem também revelou evidências de uma civilização até então desconhecida, composta por 964 assentamentos interconectados ligados entre si por 177 quilômetros de estradas antigas.