Pesquisadores da equipe da Marinha chilena na base Gabriel González Videla, na Antártica, avistaram no início deste ano um pinguim raro. O animal tinha uma plumagem completamente branca, diferente do habitual. A explicação para o fenômeno é uma variação genética que afeta parcial ou totalmente a coloração da plumagem da ave.
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Plumagem completamente branca
- O animal avistado pelos pesquisadores foi um pinguim-gentoo (Pygoscelis papua).
- Eles são comuns na região.
- Apenas nas proximidades da base Gabriel González Videla existe uma colônia de milhares dessas aves, que são reconhecíveis pela coloração negra, com toques brancos no ventre e sobre os olhos.
- E foi por isso que o “intruso” acabou chamando a atenção.
- As informações são do Extra.
Variação genética afeta plumagem do pinguim
Os pesquisadores explicam que o pinguim tinha leucismo, uma variação genética que afeta parcial ou totalmente a coloração da pele, penas ou pelagem de um animal. Apesar disso, a condição não torna o animal mais sensível ao Sol, como acontece com o albinismo, por exemplo.
Ainda de acordo com os cientistas, essa alteração “é produto de um gene recessivo que aparentemente é hereditário”. Dessa forma, é possível que um pequeno percentual entre os milhares de pinguins que vivem na Antártica nasçam com a plumagem completamente branca.
A espécie Pygoscelis papua tem uma população de 774 mil indivíduos, o que é considerado estável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). No entanto, os ambientalistas estimam que a atividade humana pode ter impacto em sua saúde.
Em 2022, a descoberta de uma colônia desses pinguins em uma área antártica mais ao sul do que o habitual preocupou as agências de conservação quanto ao possível impacto das mudanças climáticas na população das aves. Os papuas, que podem atingir cerca de 90 centímetros de altura, são considerados os pinguins mais rápidos debaixo d’água, atingindo velocidades de até 36 km/h.