O Piauí tem a primeira escola pública do Brasil com simulação marítima. A unidade que dispõe da tecnologia é a Escola do Mar, que foi inaugurada em Luís Correia neste sábado (19), Dia do Piauí. O equipamento, com inspiração em um modelo de Singapura, pode servir para treinar pessoas e avaliar as condições do Porto de Luís Correia para o ancoramento de navios.
O governador Rafael Fonteles testou o equipamento e ressaltou que o simulador tem a melhor tecnologia do Brasil, com capacidade para servir a toda a comunidade. “Nós tivemos, neste ano, no primeiro trimestre, visitando um simulador em Singapura, que tem o segundo maior porto do mundo. Então, seis meses depois, trouxemos o simulador para treinar o transporte aquaviário. Não existe nenhuma escola de ensino médio com um simulador deste nível para capacitar nossa juventude. Vamos fazer um convênio com a Marinha e vamos deixar à disposição de todos que trabalham com navegação. Aqui, vamos ter jovens qualificados para aproveitar as oportunidades que vão surgir”, revela.
A diretora da Escola do Mar, Lenna Mariela, conta que a implantação desta tecnologia e dos demais equipamentos foi transformadora para a comunidade de Luís Correia. “É de grande importância para a qualificação dos nossos jovens. Todos os cursos são voltados para a área portuária. Atualmente, temos 378 alunos no curso técnico em pesca, portos, segurança do trabalho e logística”, avalia.
Sobre a simulação marítima
Com tecnologia de ponta, o simulador de navegação possui um “ecrã” em escala semelhante a de um navio com diversos modos de visualização. O equipamento possui precisão matemática para definir rotas, visualização de ondas, controle do leme com tempo de resposta de uma embarcação real, ré e demais funções necessárias para o treinamento e avaliação da navegação.
A sala propõe uma imersão com som e imagens que simulam, de fato, a sala de controle de um navio com todas as informações batimétricas, que é a profundidade do oceano e as condições de trafegabilidade para cada embarcação.
O equipamento mostra, por exemplo, o processo de dragagem do Porto Piauí, que já possui 7 metros de profundidade no canal, com expectativa de chegar a até 14 metros, possibilitando o atraque de navios de até 100 mil toneladas. Com a dragagem e o aumento da profundidade do canal, será possível ampliar a pauta de exportação.