A Polícia Federal (PF) pediu, nesta terça-feira (12), a prorrogação do inquérito das milícias digitais no Supremo Tribunal Federal (STF).
A solicitação foi feita ao ministro Alexandre de Moraes, relatora da ação. Não há prazo para que Moraes se manifeste a respeito do pedido.
Segundo a PF, o “pedido de dilação de prazo” do inquérito é “para conclusão de diligências em andamentos”.
O inquérito foi instaurado em 2021 a partir de indícios e provas da existência de uma suposta organização criminosa, de forte atuação digital, que se articularia em núcleos político, de produção, de publicação e de financiamento, com a finalidade de atentar contra a democracia.
Desde então, ele tem sido prorrogado. A última vez foi em setembro deste ano, quando Moraes autorizou um novo prazo de 90 dias.
Na ocasião, o ministro considerou a necessidade de as investigações continuarem e a também mencionou a existência de diligências em andamento.
O inquérito tem como alvo uma série de pessoas públicas que, por meio das redes sociais, se organizam para atacar as instituições democráticas. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são alvo das investigações.
Em fevereiro de 2022, a Polícia Federal passou a investigar a relação de Bolsonaro com milícias digitais.
Foi no âmbito desse inquérito que se deu a operação da PF que terminou com a busca e apreensão do telefone celular de Bolsonaro e a prisão de pessoas ligadas ao ex-presidente, por fraudes no cartão de vacinação dele e da filha. Essas apurações partiram do inquérito, mas se dão em procedimentos diferentes. Bolsonaro negou à PF saber das fraudes.
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