sábado, junho 14, 2025
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PF investiga desvio de R$ 100 milhões na saúde de Salvador

Uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) desencadeou, nesta quinta-feira, 12, uma operação para desarticular um esquema que teria causado prejuízo de R$ 100 milhões aos cofres públicos em Salvador, capital da Bahia.

O foco da ação está no desvio de verbas federais originalmente destinadas à saúde do município. Servidores públicos de Salvador estão entre os principais alvos dos mandados.

Segundo a PF, a apuração começou depois da identificação de irregularidades em contratos entre a Secretaria Municipal de Saúde e uma organização social responsável por serviços de tecnologia da informação na rede pública, com pagamentos realizados mesmo sem respaldo contratual.

Detalhes da operação em Salvador

Agentes da Polícia Federal fazem operação | Foto: Reprodução/Agência Brasil
Agentes da Polícia Federal também cumpriram mandados em outras cidades da Bahia | Foto: Reprodução/Agência Brasil

A operação mobilizou agentes para cumprir 25 mandados de busca e apreensão em Salvador, Mata de São João, Itapetinga e também em Maceió, em Alagoas.

Além disso, a Justiça da Bahia determinou o bloqueio de valores que totalizam R$ 100 milhões, a indisponibilidade de imóveis e o afastamento temporário de servidores envolvidos.

Os suspeitos poderão responder por crimes como fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Como funcionava o esquema?

O contrato sob suspeita previa a prestação de suporte técnico em tecnologia da informação para viabilizar o acesso a serviços de saúde. Vigente por quase dez anos, o acordo envolveu pagamentos efetuados sem respaldo contratual.

De acordo com a CGU, a análise identificou a participação de diversas organizações da sociedade civil sem fins lucrativos e empresas privadas em contratos firmados com diferentes prefeituras do Estado.

A entidade contratada pela Prefeitura de Salvador chamou atenção pelo alto crescimento no faturamento. Conforme apurado pela PF, o processo licitatório que deu origem ao contrato apresentava irregularidades graves.

As investigações também revelaram que a entidade simulava pagamentos a empresas privadas cujos sócios eram, na verdade, agentes públicos investigados e funcionários da própria entidade, com o intuito de ocultar o desvio de recursos públicos e encobrir os reais beneficiários do esquema.

Via Revista Oeste

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