domingo, novembro 24, 2024
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PF indicia Zambelli e hacker por invasão a sistema do CNJ

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (29), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto, ambos acusados de atacar o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A PF afirma que ambos teriam cometido, diversas vezes, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

O inquérito aponta que os suspeitos inseriram documentos falsos no sistema do órgão. Entre os quais, um mandado de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Interrogado, Delgatti afirmou que acessou a plataforma do CNJ a pedido de Zambelli e a parlamentar teria sido a responsável por repassar a ele mandado de prisão falso contra Moraes. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

O hacker, que ficou conhecido por vazar conversas de procuradores da Lava Jato, disse que recebeu pagamentos pelo serviço. A PF achou o rastro dos pagamentos.

Em nota, a defesa de Zambelli negou as acusações.

“A defesa da deputada Carla Zambelli conquanto ainda não tenha analisado minuciosamente os novos documentos e o relatório ofertado pela Polícia Federal, reforça que ela jamais fez qualquer tipo de pedido para que Walter Delgatti procedesse invasões à sistemas ou praticasse qualquer ilicitude”, diz a nota.

Já a defesa de Delgatti afirmou que não se surpreendeu com o indiciamento, pois desde a prisão do hacker, ele havia confessado que teria participado da inserção de dados falsos ao sistema do judiciário.

“O indiciamento de Carla Zambelli confirma que Walter, a todo momento, colaborou com a Justiça, levando a PF até a mandante e financiadora dos atos perpetrados por ele”, escreveu a defesa do hacker.

Durante os ataques cibernéticos à rede do CNJ, além do falso mandado de prisão contra Moraes, também foram incluídos dez alvarás de soltura. Contudo, Delgatti negou que tenha sido ele o responsável e apontou como culpado um suposto parceiro, Thiago Eliezer Martins.

Entretanto, a PF não conseguiu comprovar a participação de Martins nos crimes. A defesa do acusado celebrou.

“Durante todo o desenrolar da investigação, Thiago Eliezer Martins colaborou plenamente com as autoridades, fornecendo todas as informações solicitadas e mantendo total transparência em suas ações. A ausência de indiciamento de Thiago Eliezer é uma confirmação de sua inocência e do respeito ao devido processo legal”, afirmou a defesa de Martins, em nota.

Via CNN

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