A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 23, a Operação Máximus, com o objetivo de investigar a suposta venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins e lavagem do dinheiro das propinas. Dois suspeitos foram presos preventivamente.
A operação foca na presidente da Corte, Etelvina Maria Sampaio Felipe, na vice-presidente Ângela Maria Ribeiro Prudente, além dos desembargadores Angela Issa Haonat e João Rigo Guimarães, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins.
Também são alvo da operação os juízes José Maria Lima, Marcelo Eliseu Rostirolla, Océio Nobre da Silva e Roniclay Alves de Moraes.
Operação da PF foi ordenada pelo STJ
O ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio de Noronha ordenou a operação e afastou os magistrados dos cargos.
Agentes da PF cumpriram mandados de prisão preventiva e realizaram buscas em 60 endereços no Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
A investigação apura possíveis crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Esta é a segunda operação ordenada por Noronha nas últimas duas semanas para investigar a venda de sentenças em tribunais estaduais. No dia 14, a Operação 18 Minutos apurou um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça do Maranhão.