A Polícia Federal (PF) decidiu antecipar para os próximos dias um novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo fontes que participam das tratativas, a data da oitiva ainda está sendo negociada pela PF e pela defesa de Cid, mas ocorrerá até a próxima semana.
Cid será ouvido na sede da Polícia Federal, em Brasília, e prestará depoimento já tendo feito um acordo de delação premiada envolvendo a PF e o Ministério Público Federal.
O novo depoimento terá como objetivo esclarecer lacunas sobre mensagens encontradas nos celulares e documentos de Cid.
O advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa do ex-ajudante de ordens, afirmou à CNN que o tenente-coronel está à disposição e “tranquilo”.
Um novo depoimento de Mauro Cid ganhou força após dois ex-comandantes das Forças Armadas confirmarem reuniões para tratar de termos de uma minuta para um golpe de Estado.
No dia 16 de fevereiro, o ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, disse à Polícia Federal ter presenciado as reuniões.
Na última sexta-feira (1º), foi a vez do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, confirmar a informação, conforme revelou a CNN.
Mensagens obtidas pela PF apontam que Freire Gomes e Baptista Júnior teriam se negado a participar do plano elaborado para manter Bolsonaro no poder.
Por conta do posicionamento, os dois teriam sido alvo de ofensas por parte do general Walter Braga Netto — ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Bolsonaro nas últimas eleições.
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