O mais recente relatório da Polícia Federal (PF) afirma que a cúpula do Exército não aderiu ao suposto plano para matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 15 de dezembro de 2022. Segundo a corporação, esse foi o motivo de a tentativa ter sido cancelada.
“Apesar de todas as pressões realizadas, o general Freire Gomes e a maioria do alto comando do Exército mantiveram a posição institucional, e não aderiram ao ‘golpe de Estado’”, diz o relatório. “Tal fato não gerou confiança suficiente para o grupo criminoso avançar na consumação do ato final.”
PF diz que seis pessoas pretendiam matar Moraes
Ainda de acordo com a PF, a negativa de adesão teria ocorrido no dia marcado para executar o plano. A corporação afirma ter registrado, naquele dia, os passos do grupo de seis pessoas que supostamente “tinham o objetivo de matar” o ministro.
Conforme os agentes, esse grupo fez uso de carros de aplicativos e celulares descartáveis, com a intenção de esconder evidências.
“Os elementos de prova apresentados demonstram que a ação clandestina tinha como alvo o ministro Alexandre de Moraes”, afirma o relatório da PF. “Trata-se de uma equipe de seis pessoas, conforme previsto no planejamento ‘Punhal Verde Amarelo’, dividida em pontos estratégicos próximos ao STF.”
Magistrado enviou o relatório para a PGR
Moraes enviou o relatório da PF para a Procuradoria-Geral da República (PGR). O envio ocorre depois de o ministro, que é relator da investigação, analisar o documento com mais de 800 páginas.
Agora, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, vai analisar o material para elaborar sua manifestação sobre a denúncia. Ele também pode arquivar o caso, ou pedir novas diligências.