domingo, junho 15, 2025
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Petroleiros evitam o Estreito de Ormuz devido conflitos no Oriente

A Frontline, maior empresa de petroleiros com capital aberto do mundo, suspendeu novos contratos para operações no Estreito de Ormuz, entre o Irã e Omã.

A decisão ocorre depois da ofensiva israelense ao território iraniano na sexta-feira, 13. O estreito é uma das rotas mais estratégicas do planeta para o transporte de petróleo e gás natural.

De acordo com o CEO da Frontline, Lars Barstad, a companhia está fora do mercado para embarques que passem pelo Golfo. O executivo afirmou que “extremamente poucos” armadores se dispõem a operar na região.

Segundo ele, a empresa reforçou os esquemas de segurança para os navios que já estão no Golfo. Além disso, prevê a saída das embarcações com escolta internacional.

O temor de ataques e bloqueios no Estreito de Ormuz levou armadores e operadores logísticos a repensarem rotas. O Irã possui capacidade para gerar forte disrupção no tráfego marítimo e pode intensificar a ação de grupos aliados, como os terroristas Houthis do Iêmen.

Esses ataques já provocaram a fuga de empresas do Canal de Suez. Também fizeram navios optarem por rotas mais longas, como a do Cabo da Boa Esperança.

As companhias de seguros relatam alta nas taxas para cargas que cruzam o Mar Vermelho. Segundo um corretor, o risco de ataques com drones e mísseis elevou em 20% o custo do transporte na região.

Israel bombardeou nesta semana alvos em Hodeidah, porto sob controle dos Houthis. Peter Sand, da consultoria Xeneta, afirma que a crise ameaça gerar congestionamentos e desorganização logística em larga escala.

Caso os portos do Golfo deixem de ser usados, navios podem ser forçados a buscar alternativas menos preparadas para o volume de cargas.

Receio de bloqueio no Ormuz e impacto no fornecimento

O Irã, segundo analistas, poderia tentar impor um bloqueio ao Estreito de Ormuz. Barstad, no entanto, acredita que Teerã deve enviar um fechamento total para não prejudicar suas próprias receitas com petróleo.

Ainda assim, o executivo admite que o ataque pode reduzir os volumes de produção iraniana e obrigar importadores a buscar outros fornecedores.

A dependência de países como a China do petróleo iraniano pode abrir espaço para empresas como a Frontline, que operam de acordo com as normas internacionais.

Barstad argumenta que os compradores terão de evitar os navios da chamada “frota fantasma” usada pelo Irã para burlar sanções. As ações da Frontline subiram 7,5% na Bolsa de Nova York na sexta-feira, reflexo da expectativa de maior demanda por transportadoras regulares.

Via Revista Oeste

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