sábado, maio 3, 2025
InícioEconomiaPetrobras retoma projetos de refino paralisados pela Lava Jato

Petrobras retoma projetos de refino paralisados pela Lava Jato

A Petrobras avançou na retomada de dois de seus principais projetos de refino, que estavam paralisados em razão das investigações da Operação Lava Jato. As iniciativas em questão são a Refinaria Abreu e Lima, localizada em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, agora renomeado para Complexo de Energias Boaventura.

Para o projeto pernambucano, a estatal concluiu a licitação de três lotes de obras, com um investimento total de R$ 4,9 bilhões. Já ao complexo fluminense, a empresa recebeu propostas para seis lotes, que somam aproximadamente R$ 14 bilhões.

Contudo, o resultado ainda depende de negociações com os proponentes que apresentaram as melhores ofertas.

Empresas voltam ao cenário depois de acordos de leniência

Sede da Odebrecht
Sede da Odebrecht | Foto: Reprodução/Odebrecht

Empresas de grande porte, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, voltaram a participar das licitações. Isso ocorreu depois de acordos de leniência, que as permitiram competir novamente por projetos públicos.

Esses projetos foram centrais na delação do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que impulsionou as investigações sobre o cartel de empreiteiras na estatal.

Na Refinaria Abreu e Lima, há expectativa de dobrar a capacidade de refino, de 130 mil para 260 mil barris por dia, com a conclusão da segunda unidade. O Tribunal de Contas da União (TCU) criticou o projeto, considerando-o um exemplo de como uma ideia promissora pode resultar em um “malogro comercial bilionário”.

Até agora, a Petrobras investiu cerca de US$ 18 bilhões, aproximadamente R$ 100 bilhões na cotação atual, no projeto.

Avanços nos projetos da Petrobras

Durante um evento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras defendeu a retomada das obras. Conforme a empresa, o projeto é robusto e trará retorno positivo, considerando o estágio atual das obras.

A conclusão das obras foi aprovada em novembro de 2023, ainda sob a gestão de Jean Paul Prates, e as licitações foram abertas em maio de 2024. A Petrobras prevê que o complexo produza cerca de 75 mil barris de diesel, 20 mil de querosene de aviação e 12 mil de óleos lubrificantes diariamente.

No Complexo de Energias Boaventura, há previsão de criar cerca de 10 mil postos de trabalho, com contratações.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui