A Petrobras fechou um acordo com a empresa China National Chemical Energy Company (CNCEC) na última quarta-feira 17. O protocolo de intenções tem ações em diversas áreas, mas com destaques para energias renováveis e transição energética.
O acordo foi anunciado pela Petrobras por meio de comunicado. A parceria terá duração de dois anos e será imediatamente ativada a partir da análise conjunta de ativos de fertilizantes e petroquímica.
O acordo entre a Petrobras e a CNCEC prevê a avaliação de potenciais acordos comerciais no segmento de exploração de petróleo e a produção de fertilizantes a partir de gás natural e outras fontes.
O protocolo de atuação também estabelece o desenvolvimento de produção, refino, biorefino e petroquímica. Prevê a engenharia, construção e serviços dentro do acordo de intenções. Além disso, visa a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação.
A China National Chemical Energy Company é uma companhia estatal química chinesa, com produtos de segmentos agroquímicos, sintéticos, de materiais químicos, equipamento industrial e petroquímico.
Prates segue no cargo
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, segue no cargo depois de protagonizar momentos de tensão. Sua permanência a longo prazo, no entanto, ainda não está garantida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Prates parecia ter seu destino já selado quando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu existir divergências com com o presidente da Petrobras em entrevista à Folha de S.Paulo.
Entre as razões que explicam a manutenção de Prates estão as resistências da equipe econômica ao nome de Aloizio Mercadante para substituí-lo no comando da Petrobras.
Um dos defensores de Prates foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o considera como um “aliado”.
Haddad e Mercadante têm divergências profundas sobre a condução da política econômica, e por isso o ministro apoiou a permanência de Prates.
Além, disso, a movimentação “açodada” de Mercadante, nos bastidores, teria irritado o presidente Lula.
Mercadante teria conversado sobre a crise na Petrobras tanto com Prates como com assessores da cúpula do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Lula não gostou da atitude.