A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) autorizou, nesta quinta-feira, 11, a Petrobras a comercializar combustível marítimo, com 24% de biodiesel. A medida visa a incorporar combustíveis renováveis no transporte marítimo brasileiro.
Testes realizados pela Petrobras mostraram uma diminuição de 19% nas emissões de gases de efeito estufa com a nova mistura. O biodiesel, produzido a partir de gordura animal, não causou danos a motores e sistemas, segundo a ANP.
O transporte marítimo é responsável por 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. A Organização Marítima Internacional planeja reduzir emissões em ao menos 20% até 2030, 70% até 2040, e zerar até 2050.
“A autorização da ANP reforça a estratégia da Petrobras no desenvolvimento de produtos mais sustentáveis para oferecer ao mercado combustíveis com maior valor agregado e com baixa pegada de carbono”, informou a estatal.
Petrobras realizou testes durante navegações
Os testes foram realizados em condições reais de navegação. A empresa monitorou consumo, potência e desempenho do combustível em filtros e sistemas de purificação.
“Os resultados indicaram que não houve ocorrência atípica no funcionamento dos motores das embarcações, tampouco nos sistemas de tratamento do combustível (centrífugas e filtros)”, informou a Petrobras. “Confirmando as viabilidades operacionais e comerciais do bunker com conteúdo renovável da Petrobras.”
Leia também:
O plano estratégico da Petrobras inclui um investimento de US$ 11,5 bilhões em transição energética e iniciativas de baixo carbono. A empresa planeja focar foco na descarbonização de suas atividades.
A empresa também está desenvolvendo novos combustíveis, como o diesel renovável feito de matéria-prima vegetal ou animal, produzido em refinarias no Paraná e em São Paulo.