sexta-feira, janeiro 10, 2025
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Petista comanda “festival antifascista” em Caracas: opositora presa

Na mesma semana em que o presidente Lula da Silva (PT) se disse “amante da democracia”, uma petista de alto escalão atuou como secretária-executiva do Foro de São Paulo em um evento intitulado “Festival Mundial Internacional Antifascista”. O evento ocorreu nesta quinta-feira, 9, em Caracas, e coincidiu com a prisão de Maria Corina Machado, líder opositora ao regime ditatorial de Nicolás Maduro. 

O Foro de São Paulo é um grupo que reúne diversos partidos políticos de esquerda na América Latina, entre eles o PT. A integrante que comandou o evento em Caracas é Mônica Valente, que no site do próprio partido é identificada principalmente como membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores.

Petista viajou com mais 3 colegas de partido

Mônica Valente comandou a reunião que tinha diversos representantes do Partido Socialista Unido da Venezuela, legenda do ditador Nicolás Maduro. Além dela, o PT enviou, segundo o jornal Folha de S. Paulo, ao menos mais três filiados: Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa, da executiva nacional da sigla, e, do mesmo modo, Valter Pomar, da Fundação Perseu Abramo.   

Às 13h33 desta quinta-feira, o Foro de São Paulo postou no Twitter/X fotos e mensagens sobre o evento. Mônica aparece sobretudo sorridente ao lado de outros esquerdistas. A mensagem do grupo começa com a frase “O trabalho de 2025 começou”. O conteúdo refere-se a ações para ampliar “nossas forças neste espaço de luta e resistência”. Pouco tempo depois, a imprensa internacional noticiou a prisão de Corina. Mais tarde, o próprio partido da ex-deputada informou que ela estava liberta.

Em agosto do ano passado, Mônica deu entrevista ao programa Café PT. Ela havia chegado recentemente de Caracas, onde atuou, supostamente,  como observadora internacional das eleições presidenciais na Venezuela. Mônica defendeu os resultados, embora boa parte da comunidade internacional acuse Maduro de fraude e declare Edmundo González vencedor.

Segundo Mônica, “a imprensa comercial do Brasil é ‘tendenciosa’ e não consegue informar corretamente o público acerca do funcionamento do CNE, o que acaba por recrudescer o conflito político na região”. O CNE é o Conselho Nacional Eleitoral, similar ao Tribunal Superior Eleitoral, o TSE brasileiro. Conforme analistas internacionais, o CNE opera sob as ordens do governo de Maduro. 



Via Revista Oeste

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