Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) usaram ferramentas de inteligência artificial (IA) para definir a ancestralidade de uma parcela da população que vive na cidade de São Paulo.
Usando uma calculadora que construíram, o grupo concluiu que as amostras dos indivíduos selecionados têm 77,5% de herança genética europeia, 10,4% africana, 7,4% nativa americana, 4,1% leste asiático, 0,5% sul asiático e 0,1% oceânica.
Ainda, uma análise mais profunda do estudo apontou predominância basca e ibéria, entre 33,9% e 37,9%; Albânia, Itália e Sardenha, entre 22,3% e 26,7%; e do oeste europeu, entre 6,2% e 7,2%.
Foram coletadas amostras de 411 indivíduos da capital paulista e usados bancos genéticos públicos contendo dados de diferentes populações.
Com essas fontes, os pesquisadores usaram o Machine Learning — ramo da IA que permite que computadores aprendam e tomem decisões sem serem programados — para definir o perfil miscigenado do grupo.
Os dados obtidos podem contribuir para análises de doenças relacionadas a fatores genéticos — como diabetes tipo 2, hipertensão, insuficiência renal e câncer de próstata.
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