sábado, novembro 23, 2024
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Pesquisadores encontram pegadas de dinossauro e gravuras em sítio na Paraíba

 

O município de Sousa, no sertão da Paraíba, transformou-se em um campo de estudos para pesquisadores de vários países. A mais recente descoberta foi publicada na revista Scientific Reports, em 19 de março.

Trata-se da presença conjunta de pegadas de dinossauros e de gravuras feitas por povos originários muito antes da chegada dos europeus.

Para os cientistas, o fato de as gravuras estarem próximas às pegadas dos dinossauros mostra que essas populações “valorizavam e interagiam com os vestígios pré-históricos”.

O trabalho foi liderado pelo arqueólogo Leonardo Troiano. Ele é ligado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O cientista participou do projeto de forma independente.

“É realmente algo único no mundo”, disse Troiano, ao jornal Folha de S.Paulo. “Fizemos muita pesquisa para poder fazer essa afirmação. Encontramos vários sítios onde há coincidências, onde numa parede há arte rupestre e, mais para a frente, descendo uma colina, temos pegadas de dinossauro. Mas nunca houve registros dessas ocorrências lado a lado.”

O município do sertão da Paraíba é conhecido pelos vestígios pré-históricos, como as pegadas dos dinossauros

Pegadas dinossauro
O trabalho foi liderado pelo arqueólogo Leonardo Troiano | Foto: Reprodução/Twitter/X

A cidade de Sousa é bastante conhecida pela abundância de vestígios pré-históricos. Há um parque no município, batizado como “Vale dos Dinossauros”. No local, é possível seguir algumas trilhas com pegadas desses animais.

A mais recente descoberta foi feita em um sítio chamado Serrote do Letreiro. O local recebeu esse nome precisamente por causa da grande presente de arte rupestre  — apelidada de “letra de índio” pelos sertanejos.

Essa pesquisa revela uma “ligação próxima” entre as pegadas de dinossauro e a arte rupestre. “Eles podiam não saber que eram especificamente dinossauros, mas eles olhavam para os vestígios e entendiam isso como parte da sua cultura”, concluiu o pesquisador.

Via Revista Oeste

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