quinta-feira, novembro 21, 2024
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Pesquisadores encontram fóssil de 540 milhões de anos em Minas Gerais

Pesquisadores brasileiros encontraram um fóssil de 540 milhões de anos no município de Januária, em Minas Gerais. Batizada de Ghoshia Januarensis, trata-se de uma pequena bactéria de apenas dez micrômetros — ou dez milionésimos de metro. Sua descrição foi publicada na revista da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, em 18 de março. 

O achado reforça a Teoria da Evolução, de Charles Darwin. Ele dizia que a vida já existia há mais de 500 milhões de anos, no chamado período Pré-Cambriano. 

Na sua época, no entanto, não existiam registros de fósseis que remetessem a tanto tempo. Por esse motivo, muitos cientistas questionavam suas ideias. 

Somente depois da morte de Darwin a ciência descobriu que poderia haver vida há milhões de anos, por meio de exemplares encontrados, como microfósseis de organismos diminutos (restos de esqueletos). 

O fóssil encontrado em Minas Gerais é inédito 

Ghoshia Januarensis
Somente depois da morte de Darwin a ciência descobriu que poderia haver vida há milhões de anos | Divulgação/Matheus Denezine

O que mais impressiona os cientistas é que o fóssil encontrado no Brasil é inédito no mundo. 

“Essa espécie foi descrita pela primeira vez no mundo antes de dinossauros ou animais com esqueleto existirem”, disse o geólogo Matheus Denezine, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) e um dos autores do artigo, ao jornal O Globo. “É uma descoberta que coloca o Brasil dentro do cenário de estudos sobre a evolução da vida. Descobrir mais uma cianobactéria mostra que realmente existiam fósseis mais antigos. Ajuda a reforçar a teoria de Darwin.”

De acordo com os cientistas, o período Pré-Cambriano durou aproximadamente 4 bilhões de anos. Os primeiros esqueletos teriam surgido no período seguinte, no Cambriano, há 540 milhões de anos. 

Somente depois do advento da tecnologia é que foi possível identificar a descrição de espécies desse período.

Via Revista Oeste

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