domingo, julho 7, 2024
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Pesquisadores descobrem nova espécie de peixe no Pará; veja

Após análise de quase 40 exemplares de peixes, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Universidade Federal do Pará (UFPA) identificaram uma nova espécie. Descrita em artigo publicado na revista Neotropical Ichthyology, ela vive na área alterada pela construção da barragem de Belo Monte, em Altamira, no Pará.

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Homenagem ao líder indígena Raoni Metuktire

  • A nova espécie de peixe tem tons de verde-oliva escuro a preto e é coberta por manchas amarelas redondas.
  • O animal pode atingir até 17 centímetros de comprimento.
  • Ele foi batizado de Scobinancistrus raonii, em homenagem ao líder indígena Raoni Metuktire, cacique dos caiapós, povo que vive ao longo dos afluentes do rio Xingu, nos estados do Pará e Mato Grosso.
  • Ele é um dos ativistas indígenas mais conhecidos no mundo por sua luta pela preservação da floresta amazônica, se colocando contra, em 2010, à construção da usina de Belo Monte.
  • As informações são do UOL.
Nova espécie de peixe identificada por pesquisadores (Imagem: Leandro M. Sousa)

Novo peixe habita área alterada pela construção de barragem

A identificação do novo peixe aconteceu após a análise de 38 exemplares desta espécie não descrita de Scobinancistrus, coletados em expedições da equipe de pesquisa ao rio Xingu. Esses animais são conhecidos de comunidades locais e do comércio aquarista desde a década de 1980 e ganharam o apelido de tubarão, por causa do formato roliço do seu corpo.

Para que se pudesse confirmar a existência de uma nova espécie, foram analisadas as tonalidades e o formato das manchas, a forma do corpo, os dentes, a boca e outras estruturas que identificam os animais.

O estudo detalha que a nova espécie de Scobinancistrus habita principalmente a área alterada pela construção da barragem de Belo Monte, em Altamira, indo desde a Volta Grande do Xingu até a confluência com o rio Iriri. A descoberta ajuda a confirmar que existem novas espécies de animais habitando a região afetada pela hidrelétrica e que, por isso, é importante garantir a qualidade da água para protegê-las.

Os pesquisadores seguem monitorando as espécies de peixes cascudos da região. Eles esperam que a documentação contribua para que os órgãos competentes estabeleçam estratégias de conservação dos animais.

Via Olhar Digital

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