sábado, novembro 16, 2024
InícioDestaquePesquisadores da Itália encontram carga perdida há 2 mil anos

Pesquisadores da Itália encontram carga perdida há 2 mil anos

Na Itália, pesquisadores encontraram os restos de um navio que naufragou há cerca de 2 mil anos foram encontrados na costa da Sicília, com a carga quase intacta.

A Superintendência do Mar italiana anunciou que a descoberta pode lançar nova luz sobre as rotas comerciais da Antiguidade, ao revelar detalhes sobre o comércio marítimo daquela era.

Durante a investigação, foram encontradas 40 ânforas no fundo do mar, muitas ainda alinhadas na posição original de armazenamento, sugerindo que o casco do navio também esteja enterrado no local.

Esses vasos antigos eram amplamente utilizados para transportar mercadorias, como azeite, vinho, mel, cereais e condimentos, de forma semelhante às embalagens descartáveis modernas.

Importância histórica de descoberta na Itália

Os recipientes encontrados são do tipo “Richborough 527”, identificados anteriormente em sítios arqueológicos na Inglaterra e na ilha de Lipari, na Itália. Este tipo de ânfora foi comum do Neolítico até a Idade Média, servindo como um meio eficaz de transporte de diversos produtos alimentícios.

A análise dessas ânforas pode oferecer insights valiosos sobre as rotas comerciais que conectavam diferentes partes do Império Romano.

Vasos eram usados para o armazenamento de produtos como azeite, mel e vinho | Foto: Divulgação/Facebook/Soprintendenza del Mare
Vasos eram usados para o armazenamento de produtos como azeite, mel e vinho | Foto: Divulgação/Facebook/Soprintendenza del Mare
Vasos eram usados para o armazenamento de produtos como azeite, mel e vinho | Foto: Divulgação/Facebook/Soprintendenza del Mare
Vasos eram usados para o armazenamento de produtos como azeite, mel e vinho | Foto: Divulgação/Facebook/Soprintendenza del Mare





Depois de cumprir seu papel, essas ânforas frequentemente perdiam seu valor e eram descartadas em locais como o Monte Testácio, em Roma, uma colina artificial composta inteiramente de fragmentos de ânforas antigas.

Acredita-se que sob a vegetação do monte estejam ainda cerca de 50 milhões de pedaços dessas cerâmicas, testemunhando a escala do comércio de azeite e outros produtos na Antiguidade.

Possíveis conexões com rotas comerciais romanas

Os pesquisadores esperam identificar se as ânforas encontradas são do mesmo tipo que as de Lipari, datadas do final do século 1 AEC e do início da Era de Augusto.

A descoberta foi possível depois que dois pescadores da cidade de Avola notaram objetos submersos em uma profundidade de cerca de 70 metros em 2022.

Para estudar o local, os pesquisadores empregaram técnicas avançadas de fotogrametria 3D, permitindo uma análise detalhada do sítio submerso.

É importante destacar que, de acordo com a legislação italiana, as ânforas e outros artefatos arqueológicos encontrados no mar são protegidos por lei. Qualquer pessoa que encontre esses objetos deve notificar as autoridades, pois removê-los constitui um delito sujeito a penalidades severas.

Essas penalidades incluem multas elevadas e prisão, devido ao tráfico ilegal de bens culturais. A proteção desses artefatos é essencial para preservar a herança cultural e histórica dos países onde são encontrados.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui