sábado, novembro 23, 2024
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Pesquisador processa Meta para controlar feed do Facebook

O Knight First Amendment Institute, da Universidade de Columbia, processou a Meta em nome de Ethan Zuckerman. O pesquisador da Universidade de Massachusetts Amherst desenvolveu uma extensão de navegador para usuários controlarem mais diretamente seus feeds no Facebook.

Para quem tem pressa:

  • O Knight First Amendment Institute da Universidade de Columbia processou a Meta em nome de Ethan Zuckerman, pesquisador da Universidade de Massachusetts Amherst. Zuckerman desenvolveu uma extensão de navegador chamada Unfollow Everything 2.0;
  • A extensão criada por Zuckerman permite que os usuários do Facebook deixem de seguir amigos, grupos e páginas, possibilitando o uso da plataforma sem o feed algorítmico ou personalizando o feed para seguir apenas entidades de sua escolha. A extensão também inclui um componente de doação de dados, onde os usuários podem optar por compartilhar dados anonimizados sobre seu uso do Facebook para fins de pesquisa;
  • O processo busca proteção legal para Zuckerman e sua extensão sob a Seção 230 do Communications Decency Act de 1996, que protege plataformas online de responsabilidades legais pelas ações de seus usuários, mas também inclui disposições que protegem desenvolvedores de ferramentas que permitem aos usuários fazer curadoria do que veem online;
  • A Meta se recusou a comentar sobre a ação judicial. Mas a empresa tem histórico de responder agressivamente a pesquisadores e desenvolvedores que criam ferramentas que afetam a maneira como suas plataformas são utilizadas ou estudadas. Se bem-sucedida, a ação de Zuckerman poderia levar a mudanças significativas na maneira como os usuários interagem com o Facebook.
(Imagem: Chinnapong/Shutterstock)

O algoritmo do Feed de Notícias do Facebook tem sido o foco de intensos debates e reclamações dos usuários ao longo dos anos. E a ação judicial em questão (disponível no site do Knight First Amendment Institute) busca alterar significativamente como os usuários interagem com essa funcionalidade.

Se bem-sucedida, a ação pode levar a mudanças significativas na forma como os usuários interagem com o Facebook. Também pode estabelecer precedente para maior autonomia do usuário nas redes sociais.

Controle de feeds no Facebook

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(Imagem: rafapress/Shutterstock)

Zuckerman desenvolveu a extensão Unfollow Everything 2.0, por meio da qual os usuários do Facebook “desativam efetivamente” seu feed de notícias ao deixar de seguir amigos, grupos e páginas. 

Esta extensão permitiria aos usuários utilizar a plataforma sem o feed algorítmico ou personalizar seu feed seguindo apenas as entidades que eles escolherem.

Além de permitir que os usuários controlem seus feeds, a extensão de Zuckerman inclui um componente de doação de dados. Os usuários que optarem por usar a extensão poderão compartilhar dados anonimizados sobre seu uso do Facebook para pesquisa. 

Isso forneceria dados valiosos sobre o impacto do algoritmo de feed do Facebook, contribuindo para uma compreensão mais profunda de suas implicações.

A inspiração para a extensão de Zuckerman veio de um projeto anterior chamado Unfollow Everything, criado por um desenvolvedor do Reino Unido em 2021.

Questões legais

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(Imagem: Angga Budhiyanto/Shutterstock)

Após o lançamento do Unfollow Everything, o Facebook processou o criador e desativou permanentemente sua conta. Zuckerman agora busca proteção legal para evitar consequências semelhantes, apelando à Seção 230 do Communications Decency Act de 1996.

O caso de Zuckerman pode testar aspectos menos conhecidos da Seção 230, que tradicionalmente protege plataformas online de responsabilidades legais pelas ações de seus usuários. 

Neste caso, a ação judicial se apoia numa disposição que protege os desenvolvedores de ferramentas que permitem aos usuários fazer curadoria do que vêem online. 

Esse aspecto da lei pode oferecer uma defesa robusta para o desenvolvimento de ferramentas que desafiam os controles das plataformas sobre a experiência do usuário.

A Meta se recusou a comentar sobre a ação judicial, mantendo sua linha usual de não discutir litígios em curso. Mas a big tech tem histórico de responder agressivamente a pesquisadores e desenvolvedores que criam ferramentas que afetam a maneira como suas plataformas são utilizadas ou estudadas.

Via Olhar Digital

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