Tudo sobre ChatGPT
Tudo sobre Inteligência Artificial
Uma pesquisa recente da Universidade de Lund, na Suécia, revelou que o uso de ferramentas de IA -inteligência artificial – está crescendo consideravelmente entre os estudantes. De acordo com o estudo, 14,8% dos alunos entre 12 e 16 anos e 52,6% dos adolescentes de 15 a 19 anos usam IA generativa em suas atividades escolares. A ferramenta mais utilizada, como era de se esperar, é o ChatGPT.
O estudo também examinou como essas ferramentas são percebidas pelos alunos, especialmente aqueles com dificuldades de concentração e planejamento. Johan Klarin, autor principal do estudo e psicólogo escolar, destacou que “os estudantes com maiores desafios em funções executivas acham essas ferramentas úteis para completar as tarefas escolares”. A pesquisa aponta que a adoção da IA, e particularmente do ChatGPT, ferramenta mais utilizada por 70% dos mais jovens e por 88,9% dos entrevistados mais velhos, vem conquistando cada vez mais adeptos.
O impacto da IA na educação
Apesar das vantagens evidentes no uso de ferramentas como o ChatGPT, o estudo alerta para a necessidade de equilíbrio. A dependência excessiva de IA pode levar a uma redução no desenvolvimento de habilidades cognitivas essenciais durante a adolescência. Klarin adverte que, “se os estudantes começarem a depender da IA para substituir suas habilidades, isso pode prejudicar o crescimento dessas competências fundamentais para o sucesso acadêmico e profissional”.
A tendência é que isso atinja ainda mais os países subdesenvolvidos, como o Brasil, nos próximos anos. O que hoje é observado apenas em escolas particulares e universidades também deve chegar à educação básica de forma mais disseminada. A questão a ser resolvida será: como adaptar as novas formas de estudo a essas ferramentas?
Embora o ChatGPT e outras ferramentas de IA ofereçam suporte significativo a alunos, é crucial que o uso seja monitorado para evitar efeitos negativos no desenvolvimento cognitivo. Educadores devem estabelecer diretrizes claras para garantir que a IA complemente, e não substitua, as habilidades dos estudantes, promovendo um ambiente educacional equilibrado e enriquecedor. Proibir ou tentar diminuir o uso da IA parece não ser uma boa tática.