A Nissan enfrenta uma crise financeira grave. Caso não encontre um investidor de grande porte logo, a empresa pode ter 14 meses de “vida” no máximo. É o que aponta uma reportagem do Financial Times (FT), que ouviu um executivo de alto escalão ligado à montadora japonesa.
A empresa busca um acionista “sólido e de longo prazo“ (um banco, por exemplo), disseram interlocutores ouvidos pela reportagem. Mas, ainda de acordo com o FT, a montadora considera “todas as opções“.
Enquanto Renault reduz sua participação, Nissan vê Honda como possível investidor
A Renault, parceira comercial da Nissan, tem reduzido sua participação nos negócios da montadora japonesa. Para você ter ideia: a empresa francesa tinha 43% da Nissan e agora está com menos de 36%. E deve vender mais ações.
- Outro fato relevante: a Nissan anunciou recentemente o corte de 9 mil empregos no mundo e a redução de 20% da sua produção, segundo o FT.
Entre as opções consideradas pela Nissan para se salvar, está a Honda. Vale lembrar: as empresas firmaram parceria, em agosto, para desenvolver veículos elétricos.
Além disso, as empresas toparam trabalhar junto à Mitsubishi em softwares de gerenciamento e IA; e na produção de componentes como baterias e motores (você pode se aprofundar nisso clicando nesta matéria do Olhar Digital).
Ainda segundo o FT, a Renault estaria aberta a vender parte da sua participação na Nissan para a Honda. Isso garantiria salvaguarda diante da queda nas vendas dos produtos da Nissan nos EUA e na China, conforme apontado pelo Autoesporte.
Volkswagen vende fábrica na China após suspeita de trabalho forçado
A Volkswagen anunciou que vai deixar suas instalações na região de Xinjiang, no noroeste da China. A decisão foi tomada por motivos econômicos, mas também políticos. Isso porque a área abriga uma população muçulmana alvo de perseguição no país.
Recentemente, grupos de direitos humanos criticaram a VW por ser a maior multinacional que ainda mantém presença no local. Os Estados Unidos e um número crescente de países europeus inclusive têm proibido as importações de Xinjiang por causa de evidências de trabalho forçado.
Saiba mais sobre o assunto nesta matéria do Olhar Digital.