Uma pesquisa recente realizada na Itália pelo pelo The Greek Philosophical Schools-Project revelou novas informações sobre a morte do filósofo Platão (429-347 a.C.), um dos pensadores mais famosos da história. A descoberta foi feita em papiros de Herculano, encontrados em uma vila romana perto de Pompeia, sítio arqueológico localizado na região de Campânia.
Esses papiros, carbonizados após a erupção do Vesúvio, em 79 d.C., foram preservados, contudo, são extremamente delicados para ser desenrolados. Segundo essa nova edição, Platão teria sido enterrado em um jardim próximo ao “mouseion”, parte mais privada da Academia de Atenas — a mais conceiturada instituição científica da Grécia, onde o filósofo mantinha sua escola.
A menção ao “mouseion”, um santuário das musas, destaca a importância da música na filosofia de Platão, como evidenciado em sua obra A República.
Música na última cena de Platão
O relato de Filodemo sobre a morte de Platão traz uma narrativa curiosa. No final da sua vida, o filósofo desenvolveu uma febre e entrou em delírio. Uma jovem trácia tocava flauta para ele e, ao errar o ritmo, despertou Platão, que criticou sua origem não grega. Ele faleceu pouco tempo depois.
Diferentes versões sobre a morte de Platão
Essa descoberta lança luz sobre diferentes versões relacionadas à morte de Platão, como a do historiador e biógrafo dos antigos filósofos gregos Diógenes Laércio, autor de Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres. Laércio menciona que Platão morrera em um banquete de casamento ou, alternativamente, por causa de piolhos. A nova versão sobre a morte de Platão destaca como a Academia desejava lembrar do seu fundador.