A percepção da população sobre o trabalho da Câmara dos Deputados e do Senado Federal seguiu estável nos últimos cinco meses. As variações ficaram dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos porcentuais. O levantamento foi feito pelo PoderData, entre os dias 31 de maio e 2 de junho.
No Senado, 47% dos entrevistados classificaram o desempenho dos senadores como “ruim” ou “péssimo”. Em dezembro de 2024, esse índice era de 45%. A avaliação positiva subiu levemente, de 16% para 17%. Já 28% consideraram o trabalho “regular”. Outros 8% não souberam opinar.
Na Câmara dos Deputados, o porcentual dos que avaliaram o trabalho como “bom” ou “ótimo” passou de 9%, em dezembro de 2024, para 12% em junho. A avaliação negativa caiu de 48% para 44%. O grupo que considera o desempenho como “regular” se manteve em 34%. Além disso, 10% não souberam responder.
O PoderData realizou 2,5 mil entrevistas em 218 municípios das 27 unidades da Federação. As entrevistas ocorreram por telefone, tanto em linhas fixas quanto em celulares. O intervalo de confiança é de 95%.
Para compor uma amostra proporcional da sociedade, o instituto faz dezenas de milhares de ligações. Em alguns casos, o número ultrapassa 100 mil chamadas até reunir um grupo representativo em variáveis como sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica.
O levantamento também analisou a relação entre a avaliação do Congresso e o voto para presidente em 2022. Os dados mostraram que a percepção dos congressistas varia pouco entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL). Os porcentuais ficaram próximos dos resultados gerais da pesquisa.
Esta edição da pesquisa marca a primeira vez em que o PoderData avaliou o Congresso sob a nova presidência
Esta edição do levantamento marca a primeira vez em que o PoderData avaliou o Congresso sob a nova presidência. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) assumiram a liderança da Câmara e do Senado em 1º de fevereiro de 2025. No levantamento anterior, as presidências estavam com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL).
A metodologia da pesquisa incluiu ponderação paramétrica. O objetivo foi corrigir eventuais desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade, escolaridade, região e renda. As entrevistas foram conduzidas por meio do sistema URA (Unidade de Resposta Audível), em que os entrevistados escutam perguntas gravadas e respondem pelo teclado do telefone.