sábado, novembro 23, 2024
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Pequena Nuvem de Magalhães pode não ser o que parece

Um grupo de astrônomos internacionais descobriu que a Pequena Nuvem de Magalhães, na verdade, pode ser duas galáxias e não apenas uma. Para descobrir isso, os pesquisadores fizeram estimativas da velocidade média das estrelas em várias partes da galáxia.

O estudo foi publicado recentemente no servidor de pré-impressão ArXiv e utilizou dados de diferentes telescópios para investigar a Pequena Nuvem de Magalhães.



Observando a Pequena Nuvem de Magalhães 

A Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães são galáxias anãs conhecidas já há algum tempo e estão localizadas no hemisfério celestial sul. No final da década de 1980, os cientistas começaram a perceber que a Pequena Nuvem de Magalhães poderia ser, na verdade, duas galáxias menores e no novo estudo foram encontradas novas evidências para apoiar essa hipótese.

Primeiro os pesquisadores calcularam a velocidade média das estrelas a partir de observações feitas pelo  telescópio espacial Gaia da ESA. Depois, eles estudaram o meio interestelar da Pequena Nuvem de Magalhães a partir de dados coletados pela Galactic Australian Square Kilometer Array Pathfinder, um radiotelescópio da Austrália Ocidental. Por fim, os astrônomos analisaram dados de espectrografia coletados pela pesquisa APOGEE, que usou os Telescópio Sloan Foundation e NMSU, localizados no Novo México.

Com base nesses dados, os pesquisadores descobriram diferenças entre as duas partes da Pequena Nuvem de Magalhães.

  • As duas partes possuem composições químicas diferentes;
  • Elas também têm velocidades diferentes, com a mais rápida parecendo ser uma parte mais próxima da galáxia;
  • As duas partes possuem massa semelhantes e ambas interagem com a Grande Nuvem de Magalhães;

Essas descobertas sugerem que ao invés de duas partes, a Pequena Nuvem de Magalhães é composta por duas galáxias, uma atrás da outra quando vistas a partir da Terra. A mais próxima delas está a 199 mil anos-luz de distância e a mais distante a 215 mil anos-luz.

Via Olhar Digital

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