sábado, novembro 23, 2024
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Pele de mamute desidratada permite recriação de genoma de 52 mil anos em 3D

Os mamutes sumiram do nosso planeta há cerca de 10 mil anos. Mas vestígios deles continuam por aqui e a pele desidratada de um desses animais permitiu que um grupo de pesquisadores recriasse em 3D cromossomos de 52 mil anos, revelando quais genes estavam ativos quando o “primo” do elefante ainda estava vivo.

Encontrar uma amostra de DNA em um estado tão bom de conservação é algo bastante difícil. No caso do mamute, após a morte ele acabou secando por conta do frio intenso da Sibéria e sua pele desidratada acabou sobrevivendo no local por mais de 50 milênios, até ser encontrada pelos humanos em 2018.

O Centro Nacional de Análise Genômica da Espanha (CNAG) foi responsável pela análise. O pedaço de pele congelado pertenceu à orelha de um mamute. Com apenas isso e o uso de técnicas de análise foi possível ver como o DNA desse animal funcionava quando ele estava vivo.

Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E / Olhar Digital

“Imagine que você tem um quebra-cabeça com três bilhões de peças, mas não tem a imagem do quebra-cabeça final para trabalhar”, disse o autor do estudo, Marc A Marti-Renom em um comunicado. “Pela primeira vez, temos um tecido de mamute lanoso para o qual sabemos aproximadamente quais genes foram ligados e quais genes foram desligados”, completou.

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Como foi criado o genoma em 3D do mamute?

De acordo com o IFL, os pesquisadores usaram uma técnica chamada Hi-C para montarem o genoma do mamute em 3D pela primeira vez. Os dados mostram que o animal tinha 28 cromossomos, o mesmo número que os elefantes asiáticos.

“Este é um novo tipo extraordinário de dados, e é a primeira medida da atividade genética específica da célula dos genes em qualquer amostra de DNA antigo”, completou o autor.

Imagem: Denis—S/Shutterstock

O material genético coletado é considerado revolucionário e pode marcar uma nova era na pesquisa sobre espécies extintas. Alguns especulam que isso pode abrir caminhos para a desextinção da espécie, que inclusive é estudada por empresas privadas, mas por enquanto a recriação do genoma em 3D já é visto como um avanço gigante.

Via Olhar Digital

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