Modelos de pele artificial para ajudar na recuperação do tato já existem, mas têm um problema difícil de ser resolvido: elas ou detectam as sensações ao redor, ou fornecem o feedback tátil para o corpo humano. Pesquisadores da Universidade de Tsinghua resolveram criar um modelo de “e-skin” que fizesse ambos e, ao mesmo tempo que sentisse o ambiente ao redor, estabelecesse uma comunicação bidirecional e transmitisse as sensações humanos de volta ao robô.
Pele artificial
Conforme a ciência avança, pesquisadores introduziram peles artificiais cada vez mais sofisticadas para ajudar na recuperação do tato e produzir sensações artificialmente.
Os estudiosos da universidade chinesa resolveram suprir a demanda de um modelo que tanto transmitisse as sensações do ambiente ao redor ao humano quanto a reação do humano de volta ao robô.
A intenção é aprimorar a relação entre humano-computador.
Como funciona a pele artificial e testes
A pele opera de modo bidirecional (ou dual-modal, de acordo com o Tech Xplore). Para isso, ela conta com uma detecção tátil magnética multimodal e com feedback de vibração.
Saiba mais:
- Ela funciona assim: a superfície da e-skin tem com um filme magnético flexível, com elastômero de silício, um conjunto de sensores e de atuadores e uma unidade microcontroladora;
- Os sensores detectam a deformação do tecido magnético causado pela pressão mecânica a partir do toque. Isso, por sua vez, leva a mudanças no campo magnético e na percepção tátil;
- Um protótipo da pele artificial foi testada em três aplicações diferentes: reconhecimento de objetos, pesagem precisa e situações imersivas. Nos três casos, a e-skin foi eficaz tanto em detectar as informações e simular a sensação tátil para o humano quanto receber os feedbacks dele;
- Os pesquisadores ainda disseram que a precisão de controle pode ser melhorada para atender aos requisitos diários.
Quando estará disponível (e preços)
A esperança dos pesquisadores é que a pele artificial possa ser implementada em breve em uma variedade de ambientes, como na manipulação robótica, como na hora de permitir um controle mais eficiente em robôs industrias, e para ajudar no desenvolvimento de membros prostéticos mais sofisticados.
A estimava é que o produto pese menos de 29 gramas e tenha um custo total menor que US$ 26 (cerca de R$ 130).