Um projeto da Universidade da Tasmânia, na Austrália, e da Fundação para as Espécies Mais Ameaçadas da Austrália (FAME) está trabalhando para combater a extinção do peixe mais raro do mundo, Thymichthys politus – popularmente conhecido como peixe-mão-vermelho.
Entenda:
- Um projeto australiano está trabalhando para combater a extinção do Thymichthys politus – popularmente conhecido como peixe-mão-vermelho, o peixe mais raro do mundo;
- O projeto já se provou bem-sucedido e conseguiu criar uma nova geração de peixes em cativeiro;
- Antes que possam partir para a natureza, os espécimes devem desenvolver algumas habilidades para aumentar suas chances de sobrevivência;
- Apesar do sucesso do projeto, o habitat natural do mão-vermelho acaba sendo profundamente degradado pelas mudanças climáticas e, até que seja restaurado, a espécie vai permanecer vulnerável;
- As informações são do IFLScience.
Restrito apenas à costa da Tasmânia, o mão-vermelho é uma espécie ameaçada de extinção pelas mudanças climáticas que causam a degradação de seu habitat. A estimativa é de que, atualmente, existam cerca de apenas cem espécimes adultos na Austrália, mas o projeto – que já se provou bem-sucedido – está criando uma nova geração dos peixes.
O primeiro passo no combate à extinção do peixe mais raro do mundo
A reprodução dos peixes em cativeiro é apenas o primeiro passo contra a extinção da espécie. Como explicam Jemina Stuart-Smith e Andrew Trotter, especialistas em peixes-mão da Universidade da Tasmânia, ao IFLScience, os novos T. politus devem desenvolver certas habilidades antes de partir para o oceano.
“Isso inclui a introdução de habitats mais complexos, outras espécies e condições que provavelmente encontrarão na natureza. É realmente um período de aclimatação que oferece aos peixes a oportunidade de aprender comportamentos naturais, como encontrar comida, procurar abrigo, interagir com peixes da mesma espécie e navegar no mar. O objetivo é aumentar suas chances de sobrevivência após a soltura.”
Apesar de projetos de reprodução já representarem um grande avanço na jornada contra a extinção da espécie, ainda há um longo caminho a ser seguido: como reforçam os especialistas, até que ocorra a restauração do habitat que a espécie necessita para se reproduzir na natureza, os peixes-mão-vermelhos vão permanecer vulneráveis.