domingo, novembro 24, 2024
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Pegadas de dinossauro são descobertas no interior da Paraíba

Cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) descobriram um conjunto de pegadas únicas de dinossauro em Sousa, na Paraíba, na bacia do Rio do Peixe.

O dinossauro, pertencente ao grupo dos Titanosauriformes, também chamados de “pescoçudos”, habitou a região há pelo menos 125 milhões de anos.

A descoberta teve início em 2022, quando estudantes de Geologia da UFRN identificaram marcas que pareciam ser de um grande dinossauro no “Vale dos Dinossauros”, no oeste da Paraíba.

A professora de Paleontologia Aline Ghilardi estudou a área e confirmou a descoberta. Ela entendeu que o local se tratava de um novo sítio ainda não reconhecido. A mestranda orientada por Ghilardi, Zarah Gomes, analisou detalhadamente as pegadas.

As descobertas foram publicadas na revista Historical Biology e revelam que o “pescoçudo” viveu na região há mais de 125 milhões de anos.

Ao todo, foram encontradas sete pegadas de cerca de 70 centímetros de diâmetro. Além delas, também foram descritas outras cinco pistas de animais pré-históricos ainda não identificados.

Reconstituição artística do momento em que as pegadas do novo iconogênero Sousatitanosauripus robsoni foram produzidas | Foto: Matheus Gadelha e Lucas Mateus

As pegadas do dinossauro “pescoçudo” deram origem a um novo iconogênero e iconespécie, denominado Sousatitanosauripus robsoni, em homenagem a Robson Araújo Marques, conhecido como o “guardião do Vale dos Dinossauros”.

Pegadas de dinossauro foram preservadas

Zarah explicou ao jornal O Estado de S.Paulo que as pegadas foram preservadas em um arenito fino e úmido. “Essas pegadas foram soterradas posteriormente com outros sedimentos, o que preservou durante milhões de anos”, disse. “Quando o local vai sofrendo muito intemperismo, essas pegadas reaparecem nos afloramentos.”

O dinossauro que deixou as pegadas tinha cerca de 3,3 metros de altura até o quadril, com comprimento entre 12 e 15 metros, com pescoço e cauda longos.

Arte comparativa entre humano e dinossauro produtor das pegadas | Foto: Laboratório de Palentologia e Paloecologia/UFRN

As características das pegadas revelam que o animal não tinha garras nas “mãos”, o espaço entre as patas opostas era estreito e havia uma diferença de tamanho entre as pegadas das “mãos” e dos “pés”.

Isso sugere que o animal fazia parte de um estágio intermediário na evolução dos Titanosauriformes, que perderam as garras e passaram a ter passadas mais largas para sustentar os corpos maiores.

Via Revista Oeste

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