domingo, julho 7, 2024
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Pedido para cassar mandato de Chiquinho Brazão chega ao Conselho de Ética

A comissão de Ética da Câmara recebeu nesta quarta-feira (27) a representação que pede a cassação do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão.

O presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA), disse que o relator do caso deve ser definido na próxima sessão. Mas não garantiu que isso acontecerá na semana que vem por conta da semana de fechamento da janela partidária.

Brazão é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

A representação por quebra de decoro foi apresentada pelo PSOL, partido de Marielle. O argumento é que “o autor intelectual da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes não pode estar como representante da Câmara dos Deputados, que a cassação é urgente e que a presença é uma vergonha para a casa”.

O partido, inclusive, reclama da demora no encaminhamento do pedido de cassação, visto que ele foi protocolado na segunda-feira (25).

Com a chegada do processo ao conselho, o próximo passo é a convocação de uma reunião dos membros do colegiado.

Será feito um sorteio de três nomes e a partir dessa lista é que o relator será definido pelo presidente.

O processo só começa a ser analisado após essa escolha do relator, que deverá preparar um parecer sobre o caso.

Depois da entrega do relatório, o Conselho é reunido novamente e os membros decidem sobre o encaminhamento do processo, ouvindo testemunhas e o próprio representado que tem direito a defesa.

O prazo no colegiado, no entanto, pode levar 60 dias úteis, sendo que 40 dias são para a instrução do processo.

Há ainda prazos de 10 dias para apresentação da defesa por escrito e de outros 10 dias para apresentação do parecer.

Há ainda a possibilidade do deputado denunciado poder recorrer à Comissão de Constituição e Justiça, após a análise do conselho.

Somente depois, o processo é liberado para o plenário da Câmara. É uma votação aberta, ou seja, é possível saber como cada parlamentar votou. Da instauração do procedimento no Conselho de Ética até a etapa do plenário, o prazo estipulado é de 90 dias úteis.

Para que o deputado seja cassado, são necessários pelo menos 257 votos.

Chiquinho Brazão foi preso no último domingo (24) durante uma operação da Polícia Federal que prendeu ainda o irmão dele, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa.

Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Via CNN

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