sexta-feira, novembro 22, 2024
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Pedaços de lápides são usados para tapar buracos de rua no RJ

No bairro Barão do Amapá, em Duque de Caxias (RJ), moradores da rua conhecida como Petrobras têm enfrentado uma situação curiosa: os buracos na via foram preenchidos com lápides de cemitério e pedaços de mármore. Não há informações sobre o responsável por essa ação.

As lápides quebradas, com nomes, datas de nascimento e morte, estão espalhadas pelo local. A origem dos artefatos permanece desconhecida. O terreno pertence à Transpetro e está abandonado há anos, o que gera preocupações com os riscos para as crianças que brincam na rua.

“A preocupação é de doença, infecções”, disse a entregadora Dayana Pereira. “Porque isso aí é impróprio para as crianças que brincam, soltam pipa”. Em entrevista ao portal G1, o especialista em Direito Ambiental, Anderson Ribeiro, disse que os cemitérios são locais de intensificação de vírus e bactérias. As infestações podem gerar necrochorume.

Lápides podem infectar moradores

Necrochorume é um tipo de chorume produzido pela decomposição de cadáveres em cemitérios. Caso as lápides tenham tido contato com o necrochorume, a saúde da população local corre o risco de ser afetada.

Além disso, o contato dessa substância com o solo pode contaminar a água e aumentar o índice de doenças na região. Descartar material de cemitério em locais públicos é considerado crime ambiental, sujeito a pena de até cinco anos de prisão.

Os moradores pediram à prefeitura que retirasse os pedaços de lápides, mas a resposta foi desanimadora. “Eles falaram que tem que ser com a Petrobras, porque aqui é área da Petrobras, e eles não podem mexer”, contou Dayana.

Posicionamento das autoridades

Em nota, a prefeitura de Duque de Caxias disse que não realizou o descarte das lápides | Foto: Divulgação/Prefeitura de Duque de Caxias
Em nota, a prefeitura disse que não realizou o descarte das lápides | Foto: Divulgação/Prefeitura de Duque de Caxias

Em nota, a Prefeitura de Duque de Caxias afirmou que não foi responsável pelo descarte das lápides. A Polícia Civil informou que o caso não foi registrado na delegacia e orientou os moradores a denunciarem.

A Petrobras disse que o terreno é da Transpetro, que por sua vez afirmou realizar vistorias periódicas nas faixas de dutos e dialogar com moradores sobre denúncias de lixo. A Transpetro também informou que enviou uma equipe para verificar a situação e que a limpeza está prevista para ocorrer nesta quinta-feira, 20.

Via Revista Oeste

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