O Museu do Piauí – Casa de Odilon Nunes, situado no coração de Teresina, é um importante ponto cultural que preserva a história do estado. Um dos maiores atrativos do local é a Sala Fazenda, que apresenta os hábitos e costumes dos piauienses de épocas passadas. Os visitantes têm a oportunidade de explorar as salas Couros, Pedra e Metal, que exibem utensílios e vestimentas que foram parte fundamental da vida dos piauienses, tanto no campo quanto na cidade. Alguns desses objetos, inclusive, ainda são utilizados na atualidade.
Na sala Couros, é possível viajar no tempo e compreender o cotidiano rural por meio de diversos itens, como uma cela feminina, projetada para garantir a segurança das mulheres nas cavalgadas. Outro destaque é um gibão e um chapéu presenteados ao Papa João Paulo II por vaqueiros piauienses em 1980, durante sua visita a Teresina, quando o pontífice os abençoou durante o encontro com a população local.
Os visitantes também podem admirar baús e malas antigas feitas de couro, criados para viagens longas. Além disso, o espaço exibe belíssimas peças artesanais confeccionadas a partir de chifres de boi, como anéis, pentes, pulseiras, copos, açucareiro e até um recipiente para pólvora.
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Já na sala Pedra e Metal, o público é impactado por itens históricos como as correntes que foram usadas para conter pacientes com doenças mentais em hospital psiquiátrico de Teresina até 1941. O ambiente também conta com um moinho de ferro para café, chaleira, ferros de passar roupa a brasa, e um alambique utilizado para a destilação de cachaça e álcool. Um dos itens mais curiosos é um candeeiro de quatro bicos, que utiliza pavio de algodão, além de uma impressionante pedra de opala bruta.
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O museu tem atraído estudantes, pesquisadores e turistas de diversas regiões do Piauí, de outros estados e até de países distantes.
Raimunda Soares, mediadora do acervo do Museu do Piauí, destaca que as salas com peças de couro, pedra e metal são particularmente procuradas por grupos de estudantes e turistas. Ela explica que os visitantes ficam fascinados com a riqueza e a singularidade das peças expostas.
O estudante Hiago Abreu, natural de Paraibano (MA), visitou o museu acompanhado de sua tia, Joelma Abreu, e expressou sua admiração pelas peças históricas. “Foi uma visita incrível. Vi objetos usados no tempo dos meus bisavós e até de parentes mais distantes, como este alambique, por exemplo”, revelou Hiago, que está acostumado com as tecnologias atuais. Sua tia, Joelma, já conhecia o museu, mas aproveitou a oportunidade para observar as peças com mais atenção e também se impressionou com a preciosidade dos objetos expostos.
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