quinta-feira, outubro 3, 2024
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PCC ‘pede’, e Apple tira WhatsApp de loja de aplicativos na China

O Partido Comunista da China (PCC) “pediu” à Apple para tirar o WhatsApp e o Threads de sua loja de aplicativos no país. A determinação foi atendida pela big tech. A informação foi divulgada pela agência de notícias Bloomberg, nesta sexta-feira, 19.

O governo chinês monitora de perto a internet e os veículos de comunicação, submetidos a regras rigorosas no país. O PCC possui censores para eliminar conteúdos que criticam a política estatal ou que poderiam criar descontentamento.

A China proíbe que usuários acessem sites estrangeiros, como Google e YouTube, e aplicativos e redes sociais de outros países, como o Twitter/X, o Instagram e o Facebook. Os cidadãos chineses só conseguem utilizar os apps quando contornam os bloqueios, por meio de uma rede privada virtual (VPN).

“A Administração do Ciberespaço da China (CAC) ordenou a remoção desses aplicativos por razões de segurança nacional”, informou a Apple. “Somos obrigados a cumprir as leis dos países onde estamos presentes, mesmo que não concordemos.”

O Threads é um aplicativo lançado pela Meta — dona do WhatsApp e do Facebook — para concorrer com o Twitter/X. Nele, os usuários podem escrever pequenas notas e publicar para seus seguidores. A rede social também permite a publicação de vídeos e fotos e concorre com o aplicativo chinês Weibo.

WhatsApp já foi retirado da App Store na China

De acordo com a agência de notícias AFP, o WhatsApp e o Threads já saíram da versão chinesa da App Store — loja virtual da Apple, de onde são baixados os aplicativos. Outros programas de mensagens, como o Signal e o Telegram, também não estão disponíveis para download na China.

Apesar dos bloqueios de aplicativos estrangeiros, os cidadãos chineses podem utilizar ferramentas chinesas, que são monitoradas pelo governo. O WeChat é uma alternativa para os usuários. Os chineses usam o aplicativo para fazer compras e pagamentos. Ele já é mais utilizado no país que o WhatsApp.

A Apple tem grande participação no mercado de eletrônicos da China. Produtos como iPhone e iPad são muito populares no país. A empresa sempre evitou se posicionar sobre questões delicadas ou ofender as autoridades chinesas.

A agência tentou contato com a Apple, a CAC e com o Ministério da Indústria e Tecnologia da China, mas não obteve resposta.

Via Revista Oeste

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