Em uma tentativa de restaurar a ordem e reduzir a violência entre facções rivais, a Yakuza, maior organização criminosa do Japão, comprometeu-se a pôr fim aos conflitos internos. A promessa de cessar-fogo da Yakuza reflete uma tentativa de adaptação às novas realidades sociais e legais do Japão.
A pressão sobre o crime organizado tem aumentado consideravelmente e o número de integrantes dos grupos tem caído.
O número de integrantes do crime organizado era de 18,8 mil em 2024 e pela primeira vez ficou abaixo de 20 mil, conforme informou a política à CNN.
O número de membros ativos da gangue Yamaguchi-gumi, principal dentro da Yazuka (que engloba todos) caiu quase pela metade desde 2014. Foi de 6 mil para apenas 3.3 mil no final do ano passado.
A gangue Kobe Yamaguchi-gumi, dissidente, tinha cerca de 120 membros no ano passado.
A promessa foi formalizada por três membros seniores do Yamaguchi-gumi, que entregaram uma carta à polícia da província de Hyogo, na qual se comprometeram a “encerrar todas as brigas internas” e “nunca causar problemas”.
Dissidências entre membros da Yazuka
O Yamaguchi-gumi, que atua a partir do Japão, uma das gangues mais poderosas e ricas do mundo, está em disputa com facções dissidentes desde 2015.
Foi quando mais de uma dúzia de grupos se separaram para formar o Kobe Yamaguchi-gumi. Desde então, a violência entre as duas organizações resultou em dezenas de incidentes, com membros rivais sendo mortos a tiros ou esfaqueados em confrontos públicos nas cidades do centro e oeste do Japão.
Essa escalada de violência tem pressionado as autoridades japonesas a intensificar as restrições às gangues. Em resposta, a polícia designou formalmente o Yamaguchi-gumi como uma organização criminosa e tem monitorado de perto suas atividades.
Além disso, a repressão governamental e o envelhecimento da população têm contribuído para o declínio da Yakuza, com o número de membros diminuindo significativamente nos últimos anos .