Uma das maiores contratações da história do Vasco, o meia Dimitri Payet não aceitou prontamente a proposta do clube carioca. Segundo ele, a dificuldade de uma mudança da Europa para o Brasil pesou em um primeiro momento.
O francês contou que pela primeira vez, em 15 anos, está morando sozinho. Ele é casado com sua esposa neste período e ela não veio morar no Rio de Janeiro.
“A primeira decisão foi não. Porque era muito complicado. Com o passar das semanas, quando minha esposa viu que eu realmente queria o Brasil e o futebol, isso foi algo extraordinário para mim. Ela disse: ‘Vá em frente. Vamos lá, eu cuido de tudo. Eu cuido deles’. Se estou aqui hoje é graças a ela. Sei que ela fez isso por amor e ela sabe que eu amo o futebol. Ela que permitiu tudo que estou vivendo aqui”, disse em entrevista à TV Globo.
Ele explicou diretamente porque não aceitou a primeira ligação. No momento, o Vasco era o lanterna da Série A do Campeonato Brasileiro, com somente nove pontos.
“Não é uma aventura, mas sim um desafio. Talvez eu pudesse ter ido para outro lugar por outros motivos, mas sou apaixonado por futebol e, quando se é apaixonado por futebol, você quer jogar em clubes como esse, com torcedores como esses, em um país como esse. É mais que um desafio quando te ligam e dizem: ‘Temos nove pontos e queremos nos salvar””, afirmou.
Payet ainda revelou que ao sair do Olympique De Marseille-FRA, seu clube de coração e que defendeu por sete temporadas, ele achou que a carreira ia encerrar, até surgir o Cruzmaltino com esse desafio.
“O que aconteceu foi o processo, digamos, da minha cura. Minha cabeça não estava bem depois do que aconteceu com o Marselha. Mas a cura começou no dia em que eu cheguei. Acho que o Vasco e sua torcida me curaram, me levantaram, porque eu estava no chão”, contou.
Payet ainda deixou claro que o Vasco vai em busca de coisas grandes em 2024. Depois da luta para não ser rebaixado no ano passado, neste ano a Copa do Brasil, pelo menos, é o grande foco.
“Acho que o objetivo deste ano é ir o mais longe possível pela Copa do Brasil, o que é possível, porque a Copa é diferente. É claro que estamos jogando para ganhar. Quando você começa a competição, você joga para ganhá-la. Mas acho que, no Brasileirão, é preciso manter a cabeça fria. Não podemos almejar o topo com o que aconteceu no ano passado, mesmo que nada seja impossível. Mas acho que é importante não pular nenhuma etapa e não se apressar demais no processo para voltar ao topo com o tempo”, comentou.
Sem Payet, que pode desfalcar o time por quase quatro semanas, o Vasco estreia no Brasileiro, no domingo (14), às 16h (de Brasília), em São Januário.