A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e seu partido de direita, Irmãos de Itália (FdI), venceram as eleições ao Parlamento Europeu no país com 28,59% dos votos, de acordo com dados provisórios deste domingo, 9. A vitória do FdI reforça o crescimento do partido e torna a principal força política na Itália.
O Partido Democrático (PD), de centro-esquerda e liderado por Elly Schlein, ficou em segundo lugar, com 25,58%, seguido pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), do ex-premiê Giuseppe Conte, com 9,66%.
A coalizão de Meloni inclui o Liga, de Matteo Salvini, teve 8,81% dos votos e o Força Itália (FI), de Antonio Tajani, 8,80%.
“Depois de dois anos de governo na pior situação possível, o voto nos disse ‘não esperamos que você esteja, mas você está”, afirmou Giorgia.
Para ela, “a Itália apresenta-se no G7 e na Europa com o governo mais forte de todos” e “é uma satisfação e também uma grande responsabilidade.”
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“Quero agradecer à maioria dos italianos que continuaram a escolher o FdI e o centro-direita, também estou orgulhosa do resultado da Força Itália e da Liga”, acrescentou. “A maioria que governa esta nação conseguiu crescer junta.”
A premiê italiana destacou que a mensagem que chega dos italianos é “vá em frente e faça isso com maior determinação, se possível.”
“No nosso caso, eles nos viram chegando, mas não conseguiram nos impedir”, concluiu.
Direita também avança na Polônia
Na Polônia, o maior integrante do leste da União Europeia, a Coligação Cívica (KO) centrista do Primeiro-Ministro Donald Tusk, foi projetada como vencedora da votação europeia, segundo uma pesquisa de boca de urna.
O partido dá um passo para se estabelecer como a força dominante no país depois de uma campanha tomada por preocupações de segurança.
A Coligação Cívica ficou com 37,1% dos votos, de acordo com os resultados oficiais da comissão eleitoral divulgados pelos meios de comunicação locais.
O principal partido da oposição, o nacionalista Lei e Justiça, obteve 36,2%. Já o partido de direita Confederação teve 12,1% dos votos.
Tusk afirmou que a votação para o Parlamento Europeu pode determinar o rumo da ajuda militar e política à Ucrânia. Nacionalistas de esquerda e direita têm defendido a redução dessa ajuda.
A cada cinco anos, os cidadãos europeus votam em partidos de seus países para compor o Parlamento Europeu, que os representa na União Europeia. Cerca de 360 milhões de eleitores participaram desta décima edição, que teve início na quinta-feira, 6, e terminou no domingo.
As eleições para o Parlamento Europeu indicam um crescimento da direita na Europa.