sábado, novembro 23, 2024
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‘Parece que o povo do Brasil teme a chegada de uma ditadura’, diz jornalista que revelou o Twitter Files Brasil

Responsável por divulgar o escândalo do Twitter Files Brasil, o jornalista norte-americano Michael Shellenberger disse que o povo brasileiro parece temer a chegada de uma ditadura ao país. Ele fez o comentário no domingo 7, no Twitter/X, em meio à escalada de tensão entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o empresário Elon Musk.

Shellenberger, que já assumiu ter apoiado o Partido dos Trabalhadores (PT) no passado, denunciou por meio de uma extensa thread a ligação de autoridades brasileiras com a censura de perfis ligados à direita no Brasil.

No conteúdo, o jornalista norte-americano expôs materiais que, segundo ele, confirmam o abuso de poder por parte da Corte e do ministro Alexandre de Moraes.

Em meio à possibilidade de Alexandre de Moraes bloquear o Twitter/X no Brasil, Elon Musk sugeriu aos internautas que usassem VPN. Essa sigla quer dizer virtual private network, ou rede privada virtual. O VPN cria uma conexão segura da internet do usuário contra eventual acesso não autorizado.

Em sua conta pessoal, Elon Musk publicou um vídeo do perfil “Dose Designer”, que orienta as pessoas a instalarem o programa. “Basta baixar um aplicativo VPN de sua escolha, iniciá-lo e conectar-se ao local de sua preferência”, escreveu o perfil. “Depois de ativado e conectado, você poderá acessar qualquer aplicativo restrito em sua região.”

Dono do Twitter/X na mira de Alexandre de Moraes

Desde o último sábado, 6, Elon Musk passou a criticar as decisões de Alexandre de Moraes. Entre outras coisas, o dono do Twitter/X acusou o magistrado de trair a Constituição brasileira. “Esse juiz traiu descarada e repetidamente a Constituição e a população do Brasil”, afirmou o empresário. “Ele deveria renunciar ou sofrer impeachment.”

Em meio às críticas, Alexandre de Moraes decidiu incluir o empresário em um dos seus inquéritos, conhecido por investigar supostas milícias digitais.

“Determino a inclusão de Elon Musk, dono e CEO da provedora da rede social X, em face do cargo ocupado, como investigado do Inquérito 4.874, pela, em tese, dolosa instrumentalização criminosa da provedora de rede social X, em conexão com os fatos investigados nos Inquéritos 4.781, 4.923, e PET 12.100”, escreveu o ministro, que errou ao dizer que Musk é CEO da empresa — quando na verdade o cargo é ocupado por Linda Yaccarino.


Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Edilson Salgueiro



Via Revista Oeste

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