Lucas Paquetá, meio-campista do West Ham e da Seleção Brasileira, emitiu nesta quinta-feira (17) um comunicado no qual volta a se defender das acusações da FA (Football Association) que o ligam a um escândalo de apostas no futebol inglês.
“Estou frustrado e chateado por ter lido artigos de impresa enganosos e imprecisos recentes, publicados na Inglaterra e no Brasil, alegando divulgar informações sobre meu caso. Algumas dessas informações são totalmente falsas e parecem destinadas a minar minha posição”, afirmou o jogador, que esteve na última Data Fifa com a Seleção.
De acordo com reportagem do jornal britânico The Sun publicada no último dia 8, a FA também acusa o meia brasileiro de interferência nas investigações. Segundo o diário, Paquetá teria se recusado a entregar um celular.
No dia 22 de maio, o meia do West Ham foi indiciado pela Football Association por forçar o recebimento de cartões amarelos em quatro jogos da Premier League, a primeira divisão do Campeonato Inglês.
As acusações se referem ao período de novembro de 2022 a agosto de 2023.
Segundo a investigação de membros da entidade europeia, o objetivo do atleta seria beneficiar o mercado de apostas.
“Alega-se que ele procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência nessas partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas pudessem lucrar”, disse a FA em nota oficial.
Em setembro, uma reportagem da UOL mostrou que familiares de Lucas Paquetá fizeram duas transferências, totalizando R$ 40 mil, para o atacante Luiz Henrique, do Botafogo. A reportagem obteve os comprovantes das transferências e as teria confirmado com pessoas envolvidas na operação, incluindo Bruno Tolentino, tio de Paquetá.
Estou frustrado e chateado por ter lido artigos de impresa enganosos e imprecisos recentes, publicados na Inglaterra e no Brasil, alegando divulgar informações sobre meu caso. Algumas dessas informações são totalmente falsas e parecem destinadas a minar minha posição. Também estou preocupado que, embora sejam falsos e enganosos, esses artigos sejam claramente originados de um indivíduo próximo ao caso. Os procedimentos da FA devem ser confidenciais e são extremamente sérios para mim e minha família. O vazamento e a publicação de informações imprecisas na imprensa agora estão colocando em risco minha chance de receber uma audiência justa. Portanto, instruí meus advogados a escrever para a FA para solicitar que condizam uma investigação completa sobre como as informações sobre o caso, mesmo que imprecisas, estão chegando ao domínio público. Continuo negando as acusações contra mim e estou ansioso para demonstrar minha inocência.