O Vaticano informou na manhã desta terça-feira, 25, que o papa Francisco teve uma noite de sono tranquila. No entanto, o estado de saúde do pontífice permanece crítico. Ele está internado há 11 dias no Hospital Agostino Gemelli, em Roma.
“O papa descansou bem, por toda noite”, informou a Santa Sé, em comunicado. Este é o período de hospitalização mais longo de Francisco desde que assumiu o papado, em 2013.
No dia anterior, o Vaticano afirmou que a condição do papa continuava grave, mas destacou uma “leve melhora” no estado de saúde. Também afirmou que a “insuficiência renal leve”, mencionada pela primeira vez no fim de semana, não representa uma preocupação significativa. Esse foi o primeiro sinal positivo da equipe médica desde o agravamento do quadro clínico do pontífice.
De acordo com o Vaticano, o papa conseguiu trabalhar durante a tarde desta segunda-feira, 24. Ele telefonou para a Igreja da Sagrada Família, na Faixa de Gaza, para se informar sobre a situação dos palestinos que estão abrigados no local — gesto que ele tem repetido quase todos os dias desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
Em 2021, Franciso ficou internado por dez dias no mesmo hospital para uma cirurgia intestinal, previamente programada.
No sábado 22, o pontífice precisou receber uma transfusão de sangue, depois de enfrentar uma “crise respiratória prolongada”, situação que não voltou a ocorrer desde então.
O papa está com pneumonia dupla, uma infecção grave que pode inflamar e causar cicatrizes em ambos os pulmões, tornando a respiração mais difícil.
O Vaticano descreveu a infecção como “complexa” e informou que ela foi provocada por dois ou mais microrganismos. Francisco é especialmente vulnerável a complicações pulmonares, pois, quando jovem, teve pleurisia e precisou remover parte de um dos pulmões.
Papa Francisco foi substituído em missas diárias
O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e segunda figura mais influente na hierarquia da Igreja, celebrou uma missa na Praça São Pedro na noite de segunda-feira, 24.
“Que a Virgem Maria sustente [o papa] neste momento de doença e provação, e que o ajude a recuperar sua saúde”, disse Parolin, que deve continuar realizando a cerimônia diariamente enquanto Francisco estiver internado.
Durante a missa, Parolin relembrou um episódio dos Atos dos Apóstolos. “A Igreja orou intensamente enquanto Pedro era mantido na prisão”, afirmou. “Por 2 mil anos, o povo cristão tem orado pelo Papa quando ele está em perigo ou doente”.