O Papa Francisco propôs que a Páscoa seja comemorada em uma data fixa por todas as denominações cristãs. O anúncio ocorreu neste sábado, 25, na Basílica de São Paulo Fora-dos-Muros, na Itália, durante uma semana dedicada à promoção da unidade entre os cristãos.
A proposta surge como uma tentativa de unificar as comemorações entre as diferentes tradições cristãs, uma vez que o feriado de Páscoa atualmente é celebrado em datas variadas a cada ano e também diverge entre a Igreja Católica e a Ortodoxa.
Durante a sua fala na Basílica, o pontífice destacou a importância de fortalecer as relações ecumênicas e a comunhão entre os cristãos. Ele afirmou que a Igreja Católica está disposta a adotar qualquer data decidida coletivamente, mas não estabeleceu um dia específico para a celebração da Páscoa.
“Renovo meu chamado para que essa coincidência sirva de lembrete a todos os cristãos para darem um passo decisivo rumo à união, e isso em torno de uma data comum para a Páscoa”, afirmou o Papa Francisco.
Data para a Páscoa deve ser decidida em “união”
A diferença nas datas é atribuída aos distintos sistemas de cálculo adotados pelas igrejas. A Igreja Católica segue o calendário gregoriano, instituído em 1582 e amplamente utilizado ao redor do mundo. Já a Igreja Ortodoxa utiliza o calendário juliano, que caiu em desuso a partir do século 16, resultando em discrepâncias de semanas na celebração da Páscoa.
O Papa Francisco enfatizou que “a Igreja Católica está disposta a aceitar a data que todos desejarem, uma data de união”, mostrando abertura para um consenso entre as denominações cristãs.
Em 2025, por uma coincidência no cálculo, a Páscoa será celebrada no dia 20 de abril por todas as tradições cristãs. O Pontífice espera que essa convergência possa inspirar um esforço conjunto para estabelecer um domingo fixo para a data, fortalecendo o simbolismo da unidade entre os cristãos.
“Queridos irmãos e irmãs, este é o momento de confirmar a nossa profissão de fé no único Deus e de encontrar em Cristo Jesus o caminho da unidade”, disse. “Enquanto esperamos que o Senhor venha, nunca nos cansemos, diante dos povos, de dar testemunho do Filho unigênito de Deus, fonte de toda a nossa esperança.”