Papa Francisco abriu, nesta terça-feira, 24, a Porta Santa na Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano, o que significa o começo do Jubileu de 2025.
O anúncio do começo do Jubileu foi acompanhado por sinos. Francisco atravessou a Porta Santa como primeiro peregrino do Jubileu.
Em seguida, dirigiu-se ao Altar da Cátedra, seguido pelos representantes de todos os povos da Terra e pelos cardeais.
Francisco quis uma cerimónia sóbria, longe da magnificência teatral do Jubileu de João Paulo II em 2000.
“Atravessamos o limiar deste templo sagrado e entramos no tempo da misericórdia e do perdão”, disse o papa, no ritual de passagem pela Porta Santa.
A Praça de São Pedro está lotada por mais de 30 mil fiéis. Entre eles também representantes de outras confissões cristãs, respeitando o espírito ecumênico.
Em 2025 espera-se que pelo menos 35 milhões de turistas cheguem a Roma. Mais do dobro do que em 2023.
Entenda a história do Jubileu
O Jubileu é um dos eventos mais importantes para a Igreja Católica.
O termo parece derivar de um instrumento chamado “yobel“, basicamente um chifre de carneiro, com o qual foi anunciado o Dia da Expiação (Yom Kippur, em hebraico).
Na Bíblia, o Jubileu aparece no livro do Levítico.
Originalmente já era uma oportunidade para restabelecer a correta relação com Deus, entre as pessoas e também com a natureza, e envolvia o perdão de dívidas, a restituição de terras confiscadas e o repouso das plantações.
O primeiro Jubileu ocorreu em 1300 e se repete cada 25 anos.
A primeira Porta Santa, passando pela qual os fiéis podem pedir o perdão de todos seus pecados (a chamada indulgência plena), foi aberta por papa Martinho V na Basílica de São João em Latrão, em 1423.
Papa Paulo VI foi o primeiro que abriu a porta santa na Basílica de São Pedro, na noite de Natal de 1499, para o Jubileu de 1500.