Sabe o que você e um habitante do Antigo Egito têm em comum? Ambos mantém aquele pãozinho na dieta. E verduras. E frutas. Ok, eu não sei exatamente o que você come, mas com certeza esses são alimentos que você conhece. E, apesar da distância de alguns milhares de anos, sim, esses alimentos também faziam parte da rotina dessa importante civilização.
O Antigo Egito existiu entre os anos de 3300 a.C. e 332 a.C. e ocupava um grande território na região nordeste da África, além de uma porção pequena da Ásia. Esse povo se desenvolveu a partir de um grupo de agricultores que começou a formar assentamentos ao redor do Rio Nilo. O Nilo, aliás, desempenha um papel central nessa história.
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A alimentação egípcia era riquíssima graças ao rio e às tecnologias e conhecimento adquiridos pela população. Eles sabiam que, todos os anos, entre junho e setembro, era a época de cheia. Aprenderam também que, depois desses meses, a cheia ia embora e deixava uma camada de logo para trás.
De acordo com reportagem da National Geographic, esse “barro escuro rico em substâncias férteis preparava o terreno para a sementeira, que era sobretudo constituída por cereais”. Esses cereais viravam, principalmente pães, que era a base da alimentação desse povo.
Refeições 3 vezes ao dia
- De acordo com os historiadores, os egípcios faziam três refeições por dia.
- O pequeno-almoço consistia em favas cozidas e temperadas com azeite (ou outros óleos).
- Ao meio-dia, eles comiam pão com vegetais crus ou legumes e fruta – carne era algo mais para a elite.
- O jantar era muito similar ao almoço, mas com uma quantidade maior de comida.
- Como vocês perceberam, era pão o dia inteiro.
- Ele era feito com a farinha de diversos cereais, como a cevada (o mais comum) e o trigo (reservado para os mais ricos).
- Outros pães eram preparados com a farinha de legumes secos ou leguminosas, como as lentilhas.
- O nome comum do pão branco era ta hegd.
- Sobre os vegetais, entram na lista pepino, alface, alho-poró, alho, cebola, nabo, pequenas abóboras e aipo.
- Os egípcios também comiam papiro, que é uma planta aquática.
- Sim, o mesmo papiro que fazia o papel no qual escreviam também era fonte de alimento (e o sabor era doce, segundo dizem).
- Quanto à pecuária, no Egito criavam-se cabras e ovelhas para, além da carne, obter leite e queijo.
- Para o frango, utilizavam a carne de gansos e pombos.
- Eles até pescavam, mas não era a proteína favorita.
- Também tinham à sua disposição bovinos, mas eles eram usados principalmente para arar o solo.
- Carne de boi era coisa exclusiva dos nobres.
A diferença entre pobres e ricos
O Antigo Egito era uma teocracia, na qual o faraó era, ao mesmo tempo, o líder religioso e político. Os faraós, aliás, eram considerados encarnações de deuses e o elo entre os humanos e as divindades.
A alimentação deles, de seus familiares e da elite egípcia era bem diferente em relação à das outras pessoas. Eles comiam com frequência pato ou ganso assado e tinham proteínas em todas as refeições.
O mel também era algo exclusivo dos mais ricos, que utilizavam o produto para adoçar os outros alimentos. Os mais simples, por sua vez, costumavam adoçar as coisas com frutas, como tâmaras cozidas.
Os ricos também gostavam de pães e de frutas e muitos deles mantinham árvores frutíferas nos jardins das suas residências aristocráticas. As árvores mais comuns eram a romãzeira e a figueira.
Vale destacar que toda essa variedade e abundância de alimentos só era possível graças ao Nilo. De acordo com os historiadores, os egípcios só alcançaram o status de um dos berços da civilização graças a esse rio.
As informações são do jornal El Tiempo.