O Pantanal de Mato Grosso do Sul enfrenta a pior seca dos últimos 70 anos, conforme anunciado pelo governo estadual. As condições climáticas adversas, com seca, baixa umidade e altas temperaturas, têm favorecido o aumento de incêndios florestais na região.
O município de Amambaí, no sul do Estado, registrou uma umidade relativa do ar de apenas 8%, a menor taxa do Brasil nesta terça-feira, 10. No total, 19 cidades do Pantanal de Mato Grosso do Sul apresentaram umidade abaixo de 12%, nível considerado como de “grande perigo” pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O governo ressalta que o tempo seco representa grandes riscos à saúde da população e aumenta a probabilidade de queimadas. Entre 1º de janeiro e 9 de setembro de 2024, 2,2 milhões de hectares do Pantanal foram queimados, de acordo com dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para efeito de comparação, no mesmo período de 2020, foram queimados 801 mil hectares, o que era considerado a pior temporada de incêndios no bioma do Estado. Esse aumento representa uma devastação de 274,6% a mais em 2024.
Focos de incêndio no Pantanal de Mato Grosso do Sul
O Pantanal em Mato Grosso do Sul possui 9 milhões de hectares, e as queimadas deste ano já destruíram mais de 20 por cento do bioma. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 6.765 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 3 de setembro de 2024, um aumento de 41,2 por cento em relação a 2020.
A Operação Pantanal, iniciada em 11, combate os incêndios florestais no Estado com o apoio de 164 bombeiros militares, Força Nacional de Segurança Pública, Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira (FAB). A frota inclui 46 veículos, como o avião KC 390 Millennium da FAB.
Além disso, a operação conta com o reforço de agentes da Polícia Federal, Polícia Militar do MS e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).