O Conselho Paroquial da igreja Centro Itaquerense das Famílias Amigas, na zona leste de São Paulo, apresentou, em um folheto da missa de 24 de julho, uma discussão política em meio às orientações religiosas. Um dos textos afirma que é necessário “derrotar a extrema direita nas eleições” de São Paulo deste ano.
Com o título “A extrema direita se recompõe”, a publicação aborda uma suposta “crise humanitária mundial”. Em cima dessa teoria, o panfleto destrincha fatores que causariam uma suposta “crise multidimensional”.
Seriam eles: “Crise ambiental, estagnação econômica, juros abusivos e inflação, crises sanitárias e ascensão da extrema direita neofascista”, segundo o folheto da missa.
O conselho menciona alguns nomes da direita, como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, o ex-presidente norte-americano Donald Trump, o atual presidente argentino, Javier Milei, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A entidade afirma que essas são figuras que representam a “ascensão da extrema direita neofascista”.
Panfleto de missa afirma que é preciso lutar contra “privatizações e desigualdades”
Em outro trecho do folheto da missa, o conselho declara que é necessário “lutar” contra “privatizações, políticas de morte contra a juventude negra e aumento das desigualdades”.
“É fundamental cultivar a esperança”, afirma a publicação. “Inspiremo-nos no exemplo da França, que por meio de uma frente popular de esquerda derrotou a ‘extrema direita’, em uma virada histórica nas eleições de julho.”
No fim do panfleto, a chamada para “derrotar a extrema direita nas eleições de São Paulo” é inserida. “É fundamental e possível”, apela.